Em finais de Outubro, a organização comunicou que mais de 12,3 milhões de infecções por COVID-19 e 256.900 mortes foram registadas em África desde que a pandemia começou. As estatísticas foram registadas por volta da altura em que os cientistas de todo o mundo identificaram uma variedade de novas subvariantes da Ómicron.
A África do Sul é de longe o país mais assolado do continente, registando pouco mais de 4 milhões de infecções e mais de 102.300 mortes.
Depois do número de mortes da África do Sul seguem a Tunísia, que registou mais de 29.200 mortes e mais de 1,1 milhões de infecções; o Egipto, que registou aproximadamente 24.800 mortes e mais de 515.400 casos; o Marrocos, com cerca de 16.300 mortes e aproximadamente 1,27 milhões de infecções; e a Etiópia, que registou cerca de 7.600 mortes e aproximadamente 494.000 casos.
Por contraste, os números da OMS demonstraram que Burundi registou apenas 15 mortes e menos de 50.500 infecções, seguido de São Tomé e Príncipe, que registou 77 mortes e menos de 6.300 infecções; Eritreia, que registou 103 mortes e menos de 10.200 infecções; a República Centro-Africana, que registou 113 mortes e menos de 15.300 casos; e Serra Leoa, que registou 126 mortes e menos de 7.800 casos.
Os números vêm com uma advertência, uma vez que a comunicação sobre o número de casos e a vigilância não são consistentes no continente e alguns países receberam críticas por subnotificarem os dados.
“As taxas de testagem e de sequenciamento continuam baixas a nível mundial e a proliferação contínua de novas variantes continua a ser uma preocupação,”Director-Geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse durante uma conferência de imprensa, em meados de Novembro. “A OMS continua a apelar à cautela.”
Numa altura em que o novo ano se aproxima, a OMS registou mais de 300 subvariantes da Ómicron que circulam pelo mundo. Cerca de 95% das subvariantes estão relacionadas com a BA.5. Os sintomas mais comuns relacionados com a novo conjunto de subvariantes são tosse, fatiga severa, dores de cabeça, febres, prurido nasal, comichão na garganta e dores musculares, de acordo com um relatório publicado no site livemint.com.
Anteriormente, a pandemia saltava de uma linhagem de COVID-19 para a próxima, como sair de Delta para Ómicron, Dr.
“Geralmente, uma nova variante vinha e substituía todas ou a maior parte das outras variantes predecessoras de forma muito rápida, mas agora estamos a registar uma verdadeira mistura de subvariantes, com muito mais mudanças incrementais que resultam de elas adquirirem um portefólio de mutações em todo o genoma viral,” disse Gerstung à revista.
Mutações menores estão a ajudar as novas subvariantes a evitar a imunidade, acrescentou Gerstung.
Na África do Sul, assim como em muitos países africanos, a pandemia representou desafios que exigiram soluções inovadoras.
Em Novembro, a OMS destacou os paços dados pelas autoridades de saúde na província do Estado Livre, onde a resposta inicial à pandemia estava centrada a nível provincial. Isso significa que os distritos reuniam dados em documentos, enviavam a informação para o nível provincial para análise, que posteriormente oferecia um retorno para os distritos para, por sua vez, informarem as suas respostas.
Na altura em que se tomava uma medida, as infecções e as mortes já estavam a aumentar.
“Entendemos rapidamente que isso não seria sustentável,” Priscilla Monyobo, ponto focal provincial da OMS, disse na página da internet da organização.
Isso levou a uma abordagem descentralizada a nível dos distritos, que melhorou o rastreamento de contactos, as investigações do surto, o envolvimento da comunidade e a gestão e análise de dados. Esta abordagem levou a uma detecção mais rápida do surto e melhorou as respostas direccionadas.
“Chamamos a isso de inovação a partir de uma necessidade,” Bandile Ntombela, director de informação do Departamento de Saúde do Estado Livre, disse na página da internet da OMS. “Inovem, caso contrário, as pessoas irão morrer.”