EQUIPA DA ADF
No final de Outubro, o Ministério da Defesa da Zâmbia assinou um contrato de cinco anos com a empresa americana Landlock Natural Paving Inc. para a construção de 5.000 quilómetros de estradas nas 10 províncias do país. O início da construção está previsto para Março ou Abril de 2024, dependendo das condições meteorológicas.
O Ministro da Defesa da Zâmbia, Ambrose Lwiji Lufuma, disse que a tecnologia utilizada pela Landlock custa um sexto do custo padrão por quilómetro e produz estradas mais duráveis do que “estradas de gravilha que facilmente são destruidas pela água.”
“Não só pretendemos criar postos de trabalho, como vamos garantir a transferência de competências para que um bom número de zambianos possa beneficiar deste projecto de grande envergadura,” afirmou Lufuma num comunicado de imprensa do Serviço Nacional da Zâmbia.
Espera-se que o projecto reforce o Projecto de Conectividade Rural do Presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, que se centra na reabilitação de estradas antigas e na construção de novas estradas.
O esforço de 725 milhões de dólares visa promover as viagens regionais e beneficiar o sector agrícola, melhorando a capacidade de transporte dos produtos, permitindo uma maior acessibilidade aos trabalhadores e facilitando a abertura de novos mercados.
O projecto inclui também acordos de transferência de tecnologia que permitirão ao Serviço Nacional da Zâmbia, um ramo da Força de Defesa da Zâmbia, ajudar a melhorar as estradas do país.
“O Presidente da Zâmbia e Comandante-em-Chefe das Forças de Defesa tem reiterado a necessidade de as Forças de Defesa participarem nas actividades económicas em tempo de paz, de modo a poderem contribuir para o desenvolvimento da nação,” afirmou Lufuma.
Foram construídas estradas da Landlock em 38 países diferentes dos cinco continentes. A empresa utiliza emulsões poliméricas não tóxicas que se ligam a solos e agregados para produzir estradas que são quatro vezes mais fortes do que o asfalto, tornando-as mais fáceis de manter e menos susceptíveis a fissuras e buracos.
As estradas são especialmente eficazes em climas quentes, como o da Zâmbia, e são menos vulneráveis à degradação causada pela chuva e por condições climatéricas extremas. Durante uma visita ao Estado americano do Arizona, em Novembro, as autoridades zambianas viram estradas construídas pela Landlock com mais de uma década e ainda em bom estado.
Prevê-se que as estradas da Landlock tenham uma vida útil de 10 a 15 anos, em comparação com as estradas tradicionais na Zâmbia, que têm uma vida útil de três a cinco anos.
“Prevemos um plano de desenvolvimento agressivo com um investimento significativo na gestão da cadeia de abastecimento, formação e certificação,” o Director-Executivo da Landlock, Mike Kostorowski, disse num comunicado de imprensa da Embaixada dos EUA na Zâmbia. “O impacto socioeconómico irá estender-se muito para além dos empregos zambianos criados na construção de estradas — este programa irá acelerar o crescimento e a prosperidade em todos os sectores.”
Investimento na Segurança da Zâmbia
Desde 2014, o governo dos EUA investiu mais de 8 milhões de dólares para ajudar a treinar batalhões zambianos antes de serem destacados para a missão de manutenção da paz das Nações Unidas na República Centro-Africana, informou o The Conversation. A Zâmbia é um dos 20 países que mais contribuem com tropas para as missões da ONU, com cerca de 1.000 soldados de manutenção da paz destacados em todo o mundo.
Em meados de Setembro, os EUA autorizaram a atribuição de 80 milhões de dólares à Força Aérea da Zâmbia para o fornecimento de quatro helicópteros Bell 412EP para ajudar o país a responder a crises. A subvenção inclui três anos de manutenção, peças e formação.
Os helicópteros ajudarão a Zâmbia a continuar a apoiar as necessidades internas, a reforçar a segurança regional e a participar em missões internacionais de manutenção da paz.
“O Exército dos EUA… tem sido fundamental na formação dos contingentes do nosso batalhão zambiano durante o treino de pré-destacamento,” o Comandante do Exército da Zâmbia, Tenente-General Dennis Sitali Alibuzwi, disse numa conferência de imprensa.
Em Setembro, a Zâmbia acolheu a Conferência de Líderes Alistados Seniores de África, que se centrou na capacitação dos oficiais não-comissionados e no desenvolvimento profissional das forças alistadas. A Zâmbia foi a primeira nação africana a acolher a conferência, que é co-organizada anualmente pelo Comando dos EUA para África.