Aimée Gbahoué afixou uma torneira no topo de um bidão cor de laranja, reciclado, na sombra que fica na parte exterior do seu estaleiro, no Benin. O bidão fica sobre uma base de varrões de ferro que Gbahoué construiu à mão, aquecendo o metal no lume e dobrando-o com ferramentas.Depois de Gbahoué dobrar algumas vezes o pulso, a engenhoca estava a funcionar como uma estação de lavagem das mãos para uso em residências e empresas locais.
Gbahoué é uma dos 40 empreendedores beninenses beneficiários do programa do governo dos EUA que ajuda os residentes locais a produzirem, promoverem e venderem os seus produtos para limitar a propagação da COVID-19. Gbahoué, deAplahoué, também faz peças para casas de banho e latrinas que ela instala para os seus clientes.
O programa ajuda os empreendedores a demonstrarem os seus produtos e a educarem o público em matérias de práticas saudáveis de higiene. Mesmo antes da pandemia, o Benin tinha uma das taxas de acesso ao saneamento mais baixas do mundo — apenas 11% das residências beninenses possuem um local para a higienização das mãos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
“O que quero fazer é promover a consciencialização sobre [práticas saudáveis] e usar a oportunidade para falar sobre os produtos de higiene e saneamento e sobre a lavagem das mãos,” disse Gbahoué.
As estações de lavagem das mãos independentes produzidas por Gbahoué e outros são grandes, robustas e operadas através de pedais, para que as pessoas possam lavar-se sem tocar a torneira.
“Quando a COVID-19 chegou, eu tomei a iniciativa de produzir estações de lavagem das mãos para que eu pudesse mostrar na minha casa,” disse Igor Baimey, um empreendedor em Akpro-Missérété. “Agora vendo facilmente pelo menos 15 estações de lavagem das mãos por semana.”
Através do programa de empreendedorismo, o governo dos EUA doou 250 estações de lavagem das mãos para beneficiar 72.000 crianças em 120 escolas primárias. Os empreendedores irão também ajudar o governo do Benin a instalar 450 estações de lavagem das mãos em mercados, centros comunitários e hospitais.
Os EUA canalizaram 4,5 milhões de dólares em Maio para ajudar o Benin a fazer a gestão da crise. O dinheiro foi usado para educar as pessoas das zonas rurais sobre o vírus, fortalecer a vigilância e melhorar os esforços de resposta para identificar casos rapidamente.
“Esta é uma parceria, entre governos e entre povos, porque todos devem trabalhar juntos para acabar com esta pandemia,” disse a Embaixadora dos EUA no Benin, Patricia Mahoney.
Em Julho, os EUA fizeram a entrega de equipamento e insumos no valor de 60.000 dólares para ajudar o Benin a estabelecer dois laboratórios de diagnósticos em Kandi e em Lokossa, para melhorar a capacidade de exames médicos e controlar as infecções pela COVID-19.
Em Setembro, os Estados Unidos distribuíram 75.000 dólares em equipamento de protecção individual para ajudar os profissionais de saúde do Hospital de Treinamento do Exército do Benin, em Cotonou, a lutar contra a COVID-19. A doação inclui dispositivos para a lavagem das mãos, desinfectantes, luvas de látex, macacões descartáveis com capuz e batas impermeáveis.
O Benin tinha registado 43 mortes pela COVID-19 até 15 de Novembro, de acordo com o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças.