EQUIPA DA ADF
O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA financiou 24 empregos do sector de saúde pública para ajudar a fortalecer a resposta da Namíbia à COVID-19.
As contratações temporárias incluem dois funcionários de saúde pública, seis enfermeiros, sete oficiais de vigilância, sete funcionários do sector administrativo e dois gestores de dados no Ministério de Saúde e Serviços Sociais. Os contratados foram destacados para as regiões de Khomas, Erongo, Zambezi, Kavango, Omaheke, Karas e Ohangwena.
O dinheiro utilizado para contratar os funcionários faz parte dos cerca de 6,6 milhões de dólares de doações dos EUA para a luta contra a COVID-19 na Namíbia.
“Vivemos com o vírus da COVID-19 por quase oito meses, e o pessoal de saúde na linha da frente foi sobrecarregado para prestar serviços essenciais e serviços relacionados com a COVID-19 durante este período,” disse Lisa Johnson, embaixadora dos EUA na Namíbia. “O pessoal recém-contratado acrescenta a capacidade, num momento crítico, quando o Ministério de Saúde precisa de manter os sucessos que o país já alcançou na redução da transmissão da COVID-19.”
Os gestores de dados e os oficiais de saúde irão ajudar o Centro de Operações de Emergência a fazer a monitoria e a coordenação da resposta à pandemia no país. Os enfermeiros irão realizar testes de COVID-19, tratar os pacientes nos centros de isolamento do governo e promover medidas para a prevenção de futuras infecções.
Os oficiais de vigilância irão realizar o rastreamento de contactos e ajudar a identificar focos de novas infecções para ajudar a impedir outros surtos. O pessoal administrativo irá apoiar o rastreamento de contactos e fazer a gestão de registos.
Até 7 de Dezembro, tinham sido registadas 152 mortes de cidadãos namibianos pela COVID-19, de acordo com o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças, e a pandemia causou o abrandamento da economia impulsionada pelo sector mineiro e de turismo do país. Com a aproximação da quadra festiva, o Presidente da Namíbia, Hage Geingob, receia que o país se tenha tornado complacente em relação às medidas de contenção ligadas à COVID-19.
“A experiência da COVID-19 não foi agradável. A nossa economia foi afectada, milhares de pessoas perderam o emprego, empresas que antes estavam a singrar fecharam as portas, crianças estiveram em casa por meses e meses, longe da escola,” disse Geingob num comunicado. “Portanto, devemos continuar vigilantes e estar preparados para qualquer eventualidade, incluindo a possibilidade de uma segunda vaga. Tendo em conta a natureza precária da nossa economia, este é um cenário que dificilmente poderemos suportar.”
Em finais de Novembro, a Namíbia anunciou planos para efectuar um pagamento de 1,74 milhões de dólares para adquirir vacinas contra a COVID-19 da Covax, uma iniciativa global que trabalha para certificar que os países menos desenvolvidos tenham acesso a vacinas, noticiou a Reuters. O pagamento permitirá que a Namíbia compre vacinas suficientes para 20% da sua população de cerca de 2,5 milhões.
“Não estamos a apostar todas as fichas no mesmo número,” Ben Nangombe, director-executivo do Ministério da Saúde, disse à Reuters. “Iremos procurar por outras opções, mesmo a nível bilateral, para ver se seremos capazes de adquirir vacinas através de outros meios. Mas por agora, estamos comprometidos com a facilidade da Covax. Queremos adquirir um produto que seja fácil de gerir, fácil de implementar e fácil de administrar.”