EQUIPA DA ADF
O Governo dos EUA doou 144.000 dólares em equipamento de protecção individual (EPI) para fortalecer as medidas de prevenção contra a COVID-19 nas instalações hospitalares militares e civis nigerianas em Lagos, nos Estados de Kano, Akwa Ibom e Cross River e no Território da Capital Federal.
Durante uma cerimónia de entrega, que teve lugar no Hospital das Forças Aéreas Nigerianas em Abuja, o Secretário Permanente do Ministério da Defesa, Babangida Hussaini, agradeceu aos EUA pela sua ajuda contínua de financiamento da pesquisa e estímulo para a criação de empregos para trabalhadores do sector de saúde durante a pandemia.
“O Laboratório de Referência da Defesa, que recentemente teve uma nova acreditação com equipamento de diagnóstico de ponta, foi criado com apoio do governo dos EUA, e isso melhorou em grande medida a capacitação do nosso pessoal, resultando em estudos de pesquisa pioneiros” que ajudam a fazer a gestão de doenças infecciosas, disse Hussaini, de acordo com um comunicado de imprensa da Embaixada dos EUA.
“Esta doação [irá] melhorar mais ainda a capacidade do nosso pessoal médico da linha da frente na luta para conter a COVID-19 e assegurar que o pessoal esteja engajado nas suas atribuições com o mínimo de risco de exposição a agentes infecciosos prejudiciais,” acrescentou.
Os EUA já há muito tempo vêm ajudando o sistema de saúde nigeriano. Mais de 20 anos de apoio americano ajudaram a Nigéria a erradicar o vírus selvagem da pólio no início deste ano, e os EUA já doaram mais de 54 milhões de dólares à Nigéria desde que a primeira infecção pela COVID-19 foi confirmada, naquele país, em Fevereiro.
“Vivemos num momento histórico, em que ambos países enfrentam a pandemia global, observam como os cidadãos exercem os seus direitos de protestar pacificamente, e testemunhamos como os nossos respectivos governos respondem aos pedidos de justiça social e melhor governação,” disse Kathleen FitzGibbon, chefe-adjunta da missão dos EUA na Nigéria.
Em Agosto, os EUA efectuaram a entrega de 200 ventiladores à Nigéria para ajudar a suprir uma insuficiência daquele equipamento de salvamento. Pouco depois de a pandemia ter atingido a Nigéria, o país de cerca de 196 milhões de pessoas apenas tinha um total de 500 ventiladores, uma máquina que pode ajudar a prolongar a vida de pacientes em estado crítico, com graves problemas de respiração. Os ventiladores transportam o oxigénio para dentro e para fora dos pulmões através de um tubo inserido nas vias respiratórias do paciente.
Os EUA ajudaram o Ministério de Saúde da Nigéria a efectuar a entrega dos ventiladores aos centros de tratamento e unidades de cuidados intensivos em todo o país e prestaram assistência nos esforços de controlo da COVID-19.
A Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) doou recentemente 1,4 milhões de dólares em equipamento médico e material de formação para melhorar as habilidades dos funcionários do sector de saúde da linha da frente, nos Estados de Bauchi e Sokoto, no norte da Nigéria.
O material destina-se a ajudar a lidar com os problemas nacionais de longa data relacionados com os serviços de saúde reprodutiva, materno-infantil, de pediatria, de nutrição e de malária, Paul McDermott, chefe do Gabinete de Saúde, População e Nutrição, da USAID, na Nigéria, disse à ADF, num e-mail. A propagação da COVID-19 parece não ter exacerbado estes problemas, embora as medidas do confinamento obrigatório tenham provocado uma diminuição dos serviços de imunização, que o governo nigeriano tem planos de melhorar, disse ele.
Os itens doados, incluindo manuais de capacitação, materiais auxiliares do trabalho, equipamento e outros insumos serão utilizados em mais de 360 unidades sanitárias nos dois Estados.
Os materiais serão utilizados “durante as capacitações no local e nas capacitações de acompanhamento, para melhorar as habilidades práticas e as competências dos funcionários do sector de saúde,” disse McDermott. “O equipamento inclui modelos anatómicos utilizados para simular situações da vida real e fornecer uma oportunidade para que funcionários do sector de saúde ganhem experiência prática em situações onde uma pessoa real não pode ser usada como modelo para a capacitação.”