THE ASSOCIATED PRESS
As mulheres do Uganda estão a assumir um novo papel, como motoristas para um serviço de solicitação de meio de transporte exclusivamente de mulheres, o Diva Taxi.
O serviço de táxi, que foi o sonho de uma mulher local que perdeu o seu emprego na área de logística no início do surto da COVID-19, foi lançado em Junho de 2020 e já recrutou mais de 70 motoristas. Variam desde estudantes universitárias a mães que têm a esperança de fazer bom uso dos seus Toyotas em segunda mão.
Não é comum encontrar motoristas de táxi do sexo feminino no Uganda, um país socialmente conservador, onde a maior parte das mulheres trabalha nas machambas ou procura trabalho no sector informal. O Diva Taxi acredita que inúmeras mulheres estão à procura de emprego numa altura de dificuldades económicas severas. A Organização Internacional do Trabalho disse que o desemprego da mulher nos países em vias de desenvolvimento pode vir a subir ainda mais do que o dos homens durante a pandemia.
“Devo dizer que fui pessoalmente afectada pela COVID,” disse a fundadora do Diva Taxi, Gillian Kobusingye.
Ela viu-se impedida de trabalhar quando as autoridades impuseram restrições nos movimentos para reduzir a propagação do vírus. Durante várias semanas, até os táxis não estavam autorizados a operar no Uganda.
Ela formou o negócio com base na ideia de que as mulheres queriam ter oportunidades para conduzir e podem ser mais confiáveis do que os homens.
Uma candidata a motorista deve ser proprietária de uma viatura e um smartphone equipado com um aplicativo móvel que os clientes utilizam, assim como uma carta de condução válida e um certificado de boa conduta emitido pela Interpol.
O aplicativo do Diva Taxi foi baixado 500 vezes, e cada uma das 72 motoristas da empresa garante a cobertura de 30 viagens por semana, disse Makyeli. A empresa espera ter 2.000 usuários activos até ao final de 2020.