EQUIPA DA ADF
As mortes e os internamentos semanais por COVID-19 diminuíram a nível mundial, fazendo com que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declare que o fim da pandemia está “à vista.”
Embora as mortes por COVID-19 durante o período de uma semana em Setembro tenham registado índices mais baixos desde Março de 2020, a organização alertou que a pandemia, que já matou cerca de 256.000 pessoas em África, ainda não acabou.
“Na semana passada, o número de mortes por COVID-19 registadas semanalmente foi o menor desde Março de 2020,” disse o Director-Geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa conferência de imprensa, em meados de Setembro. “Nunca estivemos numa posição melhor para acabar com a pandemia — ainda não chegamos lá, mas o fim está à vista.”
Tedros salientou que os governos ainda devem fortalecer as políticas de saúde relacionadas com a COVID-19 e outros surtos de doença e ainda continuar a realizar testes do vírus.
Apesar da observação optimista de Tedros, o Dr. Ahmed Ogwell Ouma, director interino do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (Africa CDC), alertou que a COVID-19 ainda é uma ameaça.
“O vírus ainda está a circular e … a pandemia ainda se encontra bem presente connosco no continente,” disse ele numa conferência de imprensa.
Mustaqeem De Gama, director de comércio internacional legal, do Departamento de Comércio, Indústria e Concorrência, da África do Sul, disse que os países africanos devem continuar a exercer pressão para um acesso equitativo a ferramentas da COVID-19.
“A implementação rápida e equitativa de … testes e tratamentos é crucial para ajudar os países a combater a COVID-19,” disse De Gama, na página da internet da OMS. “Sem testagem e sequenciamento adequados, o mundo fica cego quanto à evolução do vírus e de potenciais novas variantes. Pessoas em países de baixa e média renda continuam a morrer devido à falta de acesso a tratamentos antivirais e de oxigénio.”
Continente Melhor Preparado Agora
A Dra. Matshidiso Moeti, directora regional da OMS para África, disse que a pandemia obrigou os países a fortalecerem a vigilância genómica, o que pode ajudar a mitigar futuros surtos. A vigilância genómica ajuda as autoridades sanitárias a detectarem e responderem de forma mais eficaz a variantes da COVID-19.
“O continente agora está mais bem preparado para enfrentar tanto os patogénicos antigos quanto os emergentes,” assegurou Moeti. “Este é um modelo de como, quando os africanos estão na frente dos processos, podemos criar uma mudança duradoura e combater doenças perigosas.”
anunciou um esforço no sentido de reformular os sistemas de saúde da região, durante uma conferência em Togo. A comissão visa alcançar a prestação de cuidados de saúde universais e manter serviços essenciais durante os surtos de doenças, enquanto garante que haja investimentos para produtos de qualidade e tecnologias de saúde.
“A pandemia da COVID-19 destacou a fragilidade das infra-estruturas de saúde do nosso continente e a necessidade urgente de fortalecer o sistema de saúde em geral para garantir o acesso a cuidados de qualidade para todos os povos de África, quando e onde forem necessários, sem incorrer em dificuldades financeiras,” disse Moeti.
Moeti acrescentou que o investimento doméstico em pesquisas relacionadas com a saúde possui “ganhos económicos” significativos.