VOZ DA AMÉRICA
Os militares dos Camarões prenderam várias dezenas de homens e destruíram centenas de armas artesanais que circulavam na fronteira norte com o Chade e a Nigéria. Num evento público, um compactador militar esmagou mais de 2.500 armas, munições e outras armas que os militares dizem que apreenderam de contrabandistas, sequestradores, caçadores furtivos e suspeitos de Boko Haram.
Regine Esseneme, chefe do Departamento de Justiça dos Camarões, na cidade de Garoua, no norte do país, disse que quer enviar uma mensagem clara de que não haverá refúgio seguro para criminosos que operam na região fronteiriça dos Camarões, Chade e Nigéria. Ela disse que os três países estão a trabalhar juntos para acabar com os sequestradores e caçadores que usam armas ilegalmente.
Jean Abate Edii, governador da Região Norte dos Camarões, disse que as armas foram apreendidas depois de vários ataques a bairros e aldeias suspeitos de serem esconderijos de criminosos que operam nos Camarões e nos países vizinhos.
O bloco regional de seis nações conhecido como Comunidade Económica e Monetária Centro-Africana, ou CEMAC, culpou a proliferação de armas ligeiras e de pequeno calibre pelos conflitos armados e actividades criminosas e terroristas na África Ocidental e Central.
O número de armas nos Camarões foi classificado como moderado numa pesquisa levada a cabo pela Universidade de Sydney, em 2017, sobre a política de armas, classificando o Estado da África Central em 99º lugar, dum universo de 178 nações. Ainda assim, mais de 500.000 armas são consideradas como sendo propriedade legal ou ilegal de civis, e a maioria dos proprietários são encontrados ao longo da fronteira porosa com a Nigéria.