VOZ DA AMÉRICA
Amalária mata mais de 400.000 pessoas por ano e a maior parte das vítimas encontram-se em África. Agora a Target Malaria, um grupo internacional de cientistas, está a trabalhar em Burkina Faso numa solução genética.
Abdoulaye Diabate, do Instituto de Investigação em Ciências e Saúde daquele país, disse que a Target Malaria espera desenvolver uma ferramenta genética para modificar os mosquitos para que as suas descendências sejam apenas de machos. Quaisquer fêmeas com quem acasalarem depois de soltos apenas irão produzir machos.
Uma vez que apenas as fêmeas dos mosquitos propagam a malária, a doença irá reduzir rapidamente juntamente com a sua população.
Na aldeia de Bana, onde os mosquitos geneticamente modificados foram testados pela primeira vez em 2019, os residentes locais estavam preocupados com a experiência.
Kiesiara Sanou, uma anciã da aldeia de Bana, disse que as pessoas pensavam que a pesquisa iria soltar mosquitos na aldeia para que pudessem causar mais doenças. Mas desde que começaram a trabalhar com a Target Malaria, as pessoas começaram a compreender o propósito e agora ajudam com tarefas como coleccionar mosquitos.
Os mosquitos geneticamente modificados são apenas uma solução para a malária que os cientistas testaram em Burkina Faso. O país também foi pioneiro em redes mosquiteiras tratadas com pesticidas. O Instituo Jenner, da Universidade de Oxford, em Abril de 2021, anunciou que a vacina contra a malária testada em Burkina Faso tinha alcançado 77% de eficácia.
Naima Sykes, da Target Malaria, disse que, de acordo com o “Relatório Mundial da Malária 2019,” da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 94% de casos de malária e mortes ocorreram em África.
Sykes acrescentou que quando procurava por instituições com que podia entrar em parceria, a Target Malaria procurou entrar em contacto com instituições de países com um fardo significativo da malária e deseja muito fazer algo para resolver essa situação.