EQUIPA da ADF | FOTOS DE CHRISTOPHER GARDNER, CORPO DE ENGENHEIROS DO EXÉRCITO DOS EUA
Para ajudar o Benin a combater a pirataria e outros crimes marítimos no Golfo da Guiné, o governo dos EUA entregou uma nova embarcação de patrulha ao país, em Dezembro de 2022. Os EUA também ajudaram a construir uma nova casa de barcos, uma oficina de manutenção e uma rampa de lançamento para acomodar a embarcação.
Foi dada formação à Unidade Especial da Polícia Fluvial e Marítima do Benin (USPFM), através do Comando dos EUA para África.
“O Golfo da Guiné regista alguns dos maiores incidentes de pirataria marítima do mundo e, antes de receber a embarcação e outros aspectos do programa, a polícia marítima tinha pouca capacidade para patrulhar ou interditar,” Matthew Briggs, adjunto para os assuntos político-militares, da Embaixada dos EUA no Benin, disse num comunicado de imprensa.
Os funcionários entregaram a casa dos barcos e as instalações de manutenção antes da pandemia da COVID-19, e a USPFM utilizou as instalações para apoiar as suas operações regulares e as necessidades de manutenção. O novo lançamento em betão substitui uma rampa de gravilha que não suportava a nova embarcação.
“Trata-se de instalações modernas e muito agradáveis que fornecemos para o lançamento e manutenção de embarcações,” Chris De Pooter, engenheiro de projectos do distrito europeu do Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA, disse num comunicado de imprensa. “Penso que irão trazer grandes benefícios para a comunidade como um todo. É um projecto muito bom, e estou orgulhoso por podermos fazer parte dele.”
Embora a região seja considerada um foco da pirataria, o número de incidentes diminuiu recentemente. Dos 90 incidentes globais de pirataria e assaltos à mão armada registados entre Janeiro e Setembro de 2022, 13 foram registados no Golfo da Guiné, em comparação com 27 no mesmo período de 2021, de acordo com o Centro de Política de Segurança de Genebra.
O Golfo da Guiné também é considerado um foco global da pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (INN), que rouba à África Ocidental um valor estimado entre 2,3 bilhões e 9,4 bilhões de dólares por ano, dizima as unidades populacionais de peixe e destrói os ecossistemas.
Em 2021, o Benin assinou um pacto com o Gana e o Togo para trabalhar em conjunto na redução da pesca INN.
Em 2022, o Benin tornou-se o primeiro país africano a fazer com que os movimentos das suas frotas de pesca fossem publicamente visíveis, através de um acordo com a Global Fishing Watch (GFW). Ao abrigo do acordo, os barcos do Benin são seguidos por um sistema de monitorização de embarcações e o país partilha os seus dados com a GFW, que os apresenta no seu mapa online.
O governo do Benin está “empenhado em erradicar a pesca ilegal das nossas águas e em tomar todas as medidas necessárias para garantir uma pesca sustentável,” o Ministro da Agricultura, Pecuária e Pescas do Benin, Gaston Cossi Dossouhoui, disse à SeafoodSource.