AGÊNCIA FRANCE-PRESSE
Uma empresa sul-africana quer ajuda a resolver o problema logístico da manutenção das vacinas contra a COVID-19 a temperaturas extremamente baixas enquanto são distribuídas pelo continente.
A Renergen, uma empresa produtora de gás natural sediada em Joanesburgo, está a desenvolver uma arca frigorífica de transporte biológico a temperaturas extremamente baixas, à medida que os países africanos continuam a implementar programas abrangentes de vacinação.
As vacinas desenvolvidas em conjunto pelo gigante farmacêutico Pfizer, dos Estados Unidos, e pela BioNTech, da Alemanha, devem ser armazenadas a menos 70 graus Celsius, um valor incomportável para as regiões africanas rurais.
Algumas nações tiraram proveito do amplo armazenamento e da infra-estrutura de distribuição para acumularem grandes reservas de vacinas dessas empresas.
O modelo da Renergen vai utilizar hélio para transportar frascos por via aérea e azoto por via terrestre, mantendo-os a uma temperatura inferior a menos 150 graus Celsius, afirmou o PCA Stefano Marani, em Fevereiro de 2021.
A caixa de armazenamento, chamada Cryo-Vacc, tem capacidade para funcionar sem fonte de alimentação por mais de 25 dias, afirmou. Em África, as vacinas costumam ser transportadas em gelo seco que, normalmente, dura apenas três dias. Marani disse que o maior recipiente de todos tem capacidade para conservar 5.000 a 6.000 frascos.
As caixas de alumínio estão também equipadas com dispositivos de localização e monitores para distribuir o frio de maneira uniforme.
“Foram concebidas para serem robustas e resistentes,” referiu. “Foram concebidas para o terreno. Podem sofrer pancadas, quedas e deixadas ao sol, não importa; continuam a funcionar até ficarem sem criogénio,” produto que mantém os produtos frios.