A atleta etíope, Letesenbet Gidey, quebrou o recorde mundial da meia maratona em femininos em Outubro de 2021, cortando a meta em 62 minutos e 52 segundos, em Valência, Espanha — 70 segundos mais rápida do que o antigo recorde.
A atleta de 23 anos de idade bateu o anterior recorde de 21 quilómetros conseguido pela queniana, Ruth Chepngetich, desde Abril de 2021. Gidey também detém o recorde mundial para 5.000 metros e 10.000 metros. Ela venceu uma medalha de bronze na prova de 10.000 metros nos Jogos Olímpicos de Verão, em Tóquio, em 2021.
É uma reviravolta para alguém que tinha sido expulsa da escola quando tinha 13 anos de idade, por recusar correr nas aulas de educação física.
“Eu realmente não gostava de correr,” disse ao World Athletics, em 2015. “Eu trouxe os meus pais para a escola, para conversar com o director na esperança de ser readmitida. Ele concordou em readmitir-me apenas se eu corresse (na competição) a favor da escola. Eu concordei relutantemente.”
Ela nasceu em Endameskel, na região do Tigré, norte da Etiópia, e cresceu numa quinta da família. Quando começou a competir como atleta, apenas tinha um sucesso limitado. Terminou na 44ª posição na sua primeira corrida de corta-mato, em 2012.
Mais tarde, um irmão mais velho trabalhou com ela, pedalando ao lado dela para ajudá-la a manter o ritmo quando ela estivesse a treinar.
Os recordes de pista têm estado a cair em todo mundo na actual era dos “super spikes,” que começou em 2019, quando a empresa Nike introduziu sapatilhas para atletismo que utilizam uma combinação de uma placa rija e uma esponja maleável para dar aos atletas mais energia a cada passo. Desde então, outras empresas foram obrigadas a introduzir sapatilhas semelhantes para manter os atletas por eles patrocinados competitivos.
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