O governo dos EUA providenciou, no dia 17 de Fevereiro, 620.000 dólares para fortalecer a capacidade da Mauritânia de responder a ameaças de saúde.
O dinheiro será utilizado para melhorar a vigilância epidemiológica, através da formação técnica de profissionais de saúde.
“Assim como aconteceu em 2016, quando iniciámos a nossa primeira parceria para formação da epidemiologia de campo, a urgência está presente,” disse Cynthia Kierscht, a embaixadora dos Estados Unidos na Mauritânia. “Em 2016, foi o medo do Ébola que mobilizou a Mauritânia e a comunidade internacional. Actualmente, é o desafio de responder à pandemia da COVID-19 que devemos enfrentar juntos.”
O apoio veio pouco depois de um mês depois de o país endurecer as restrições em meio a um aumento no número de casos de COVID-19. O comité ministerial encarregue de fazer a monitoria do desenvolvimento do coronavírus na Mauritânia baniu todos os aglomerados públicos e ordenou que os teatros fossem encerrados. Usar máscara também passou a ser obrigatório em locais públicos.
O Presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Ghazouani, testou positivo para a COVID-19, no dia 3 de Janeiro.Ghazouani teve sintomas ligeiros e testou negativo para o vírus no dia 9 de Janeiro. Os casos impulsionados pela variante Ómicron registaram um decréscimo gradual na Mauritânia desde meados de Janeiro.
“Nesta feliz ocasião, o Presidente da República expressa a sua gratidão aos presidentes e líderes dos países irmãos e amigos pelo sentimento de solidariedade e compaixão que demonstraram para com ele,” disse o gabinete de Ghazouani num comunicado. “Também está grato aos médicos nacionais, aos líderes dos partidos políticos e aos líderes de opinião.”
Em Junho de 2020, o governo dos EUA entregou 3.000 meios de transportes de vírus (MTVs) à Mauritânia. Os MTVs são uma componente crucial do processo de testagem da COVID-19 e do fortalecimento da capacidade do país para identificar pacientes e para transportar amostras dos pacientes de forma segura.
“A aquisição destes MTVs é mais um testemunho da forte parceria que temos com o Ministério da Saúde e outros parceiros activos na resposta daquele país à COVID-19,” disse Michael Dodman, o então embaixador dos EUA na Mauritânia. “Estes MTVs complementam os outros esforços do governo dos EUA na área de prevenção e controlo de infecções na Mauritânia.”
Os efeitos da COVID-19 na Mauritânia foram exacerbados por um influxo de refugiados que fugiam da violência no vizinho Mali. As Nações Unidas ofereceram ajuda a aproximadamente 70.000 refugiados malianos no sudoeste da Mauritânia e a mais de 10.500 refugiados e pessoas que procuravam asilo em Nouakchott, a cidade capital, e Nouadhibou, a segunda maior cidade do país.
Em meio aos seus esforços de controlar a COVID-19, a Mauritânia também desempenha um papel fundamental no combate ao extremismo na região. Desde 2018, o governo dos EUA providenciou equipamento e formação avaliados em 15 milhões de dólares para o batalhão da Mauritânia da Força Conjunta G5 do Sahel. Em Dezembro de 2021, os EUA doaram veículos, um hospital de campanha e equipamento para soldados e de comunicações para fortalecer a força conjunta.