EQUIPA DA ADF
O governo dos Estados Unidos contribuiu um valor adicional de 2,9 milhões de dólares em ajuda ligada à COVID-19 para os Camarões, em finais de Novembro.
Desde que a pandemia começou, os EUA disponibilizou mais de 7,9 milhões de dólares aos Camarões. O dinheiro ajudou a formar mais de 160 funcionários de laboratório de cinco regiões e aproximadamente 850 profissionais de saúde em matérias de prevenção e controlo de infecções.
“Orgulhamo-nos de poder fornecer esta ajuda adicional,” disse a Embaixadora dos EUA nos Camarões, Mary Daschbach.
Em finais de 2020, os EUA também doaram uma diversidade de equipamento de combate ao vírus, incluindo 200 kits de prevenção de infecções com equipamento de protecção individual (EPI) e ainda desinfectantes para manter os profissionais de saúde camaroneses em segurança.
Outro equipamento doado irá ajudar a rastrear, testar e educar as pessoas sobre diversas doenças, como a malária. Aqueles itens incluíam 300 computadores ‘tablet,’ para apoiar na recolha de dados, produção de relatórios e análises nos centros de saúde comunitários; 200 bicicletas para que os profissionais de saúde possam alcançar as comunidades; e 18 microscópios para melhorar a testagem laboratorial.
Os itens foram entregues em meio a relatos de que um número cada vez maior de crianças em idade escolar estavam a ser infectadas durante a segunda vaga da COVID-19.
A ajuda dos EUA é bem-vinda nos Camarões, onde a desinformação sobre a COVID-19 alimenta uma generalizada recusa da existência da doença. As atitudes do público para com a COVID-19 e para com os tratamentos para preveni-la são, em termos gerais, motivadas pela propagação de desinformação nas redes sociais, disse um funcionário público do sector de saúde à rede de notícias, France 24.
Em Outubro, os Camarões anunciaram que a variante Delta da COVID-19 foi registada naquele país e que as taxas de infecção estavam a aumentar. O Ministério de Saúde encorajou as pessoas a continuarem a praticar as medidas de prevenção, como usar máscaras faciais, lavar as mãos regularmente e praticar o distanciamento social.
O financiamento para a saúde chega numa altura em que os Camarões se preparam para receber 24 equipas nacionais de futebol e milhares de apoiantes para o torneio anual do Campeonato Africano das Nações. O torneio está marcado para ter lugar de 9 de Janeiro a 6 de Fevereiro e irá incluir 52 partidas em cinco cidades.
Para garantir a segurança, os Camarões estão a aplicar protocolos rígidos de saúde e irão exigir um “passaporte de saúde” para os que pretendem participar. As pessoas devem apresentar provas de um teste negativo da COVID-19 ou protecção médica contra a doença para poderem entrar nos estádios. Os Camarões esperam realizar 1 milhão de testes da COVID-19 antes e durante o torneiro.