EQUIPA DA ADF
A Conferência Episcopal da Tanzânia e os Estados Unidos uniram esforços num projecto que visa ajudar as unidades sanitárias, profissionais de saúde, líderes religiosos e pessoas com deficiências a lutarem com a propagação da COVID-19.
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) apoiou o esforço conhecido como Pambana na Uviko-19, através da doação de 550.000 dólares destinados à aquisição de cilindros de oxigénio, monitores para os pacientes e concentradores de oxigénio. O equipamento será distribuído em 12 hospitais de Arusha, Bukoba, Dar es Salaam, Iringa, Kagera, Kigoma, Kilimanjaro, Mbeya, Morogoro, Mtwara, Ruvuma e Singida.
“Elogiamos a USAID por conceder o seu apoio para a sensibilização sobre a importância da vacinação contra a COVID-19 para salvar as vidas das pessoas,” Arcebispo Jude Thaddaeus Ruwa’ichi, da Arquidiocese de Dar es Salaam, disse durante uma cerimónia de lançamento, em Outubro. “O projecto irá garantir que muitas pessoas sejam educadas.”
A nova parceria é uma continuação do apoio que os EUA oferecem à Tanzânia desde que começou a pandemia.
“Embora mitigar os efeitos da COVID-19 seja de extrema importância, a melhor forma de lidar com a pandemia é fazer com que o vírus seja controlado antes que ele infecte as pessoas,” o embaixador dos EUA na Tanzânia, Donald Wright, disse na cerimónia.
No início de Setembro, a USAID ajudou a Tanzânia a lançar um projecto, com duração de 10 meses, avaliado em 750.000 dólares, que visa melhorar o atendimento médico para doentes da COVID-19 em estado grave, em quatro hospitais regionais de referência. O dinheiro irá ajudar na aquisição de equipamento de terapia de oxigénio e fornecer formação para profissionais de saúde no sentido de poderem utilizá-lo e mantê-lo. Os EUA contribuíram com mais de 25 milhões de dólares para a resposta da Tanzânia à COVID-19.
De acordo com o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças, a Tanzânia tinha registado pouco mais de 26.000 casos de COVID-19 e 725 mortes até ao dia 8 de Novembro.
Mudando de Direcção
As autoridades sanitárias tanzanianas há muito lutam contra o cepticismo da COVID-19. O antigo presidente, John Magufuli, foi um céptico ferrenho do coronavírus, mas a nova presidente Samia Saluhu Hassan trabalhou para fortalecer a resposta daquele país depois da morte de Magufuli, em Março de 2021.
Em meados de Abril, Hassan anunciou a formação de uma força-tarefa de especialistas em matéria de saúde para aconselhá-la sobre como lidar com a pandemia e apelou os líderes religiosos para pregarem sobre as realidades da COVID-19 aos seus fiéis.
Em Maio, a Tanzânia montou unidades de produção de oxigénio em sete dos seus maiores hospitais nacionais para ajudar a tratar os doentes de COVID-19 e outros outras pessoas com doenças graves, através de um projecto financiado pelo Banco Mundial. As instalações podem encher 200 cilindros de oxigénio por dia.
Em Outubro, a Ministra de Saúde, Dorothy Gwajiama, afirmou que o país iria publicar semanalmente actualizações da COVID-19. Durante a liderança de Magufuli, o país ficou mais de um ano sem publicar dados relacionados com a pandemia.
Para além disso, naquele mês, Hassan alocou 5,1 bilhões de xelins tanzanianos (cerca de 2,2 milhões de dólares) para a pesquisa destinada a acabar com a pandemia. Os fundos fazem parte de um pacote de 567,25 milhões de dólares, aprovado para Tanzânia pelo Fundo Monetário Internacional.
Apesar da abordagem baseada na ciência de Hassan em relação à pandemia, a desinformação continua a alimentar o cepticismo da COVID-19, Dr. Deus Kitapondya, um especialista em medicina, de Dar es Salaam, disse à agência internacional de notícias, Quartz África.
“Ainda não existe, na realidade, uma abordagem compreensiva,” disse Kitapondya. “Estamos a notar a existência de grandes aglomerados de pessoas com muito poucas delas usando máscaras. Também