AGÊNCIA FRANCE-PRESSE
As tropas do Níger libertaram 11 aldeões, incluindo quatro crianças, que tinham sido capturados pelos extremistas do Boko Haram e levados fronteira adentro para Nigéria.
“Os reféns foram libertos pelas nossas tropas no lado nigeriano do Lago Chade, próximo de uma base do Boko Haram,” disse Yahaya Godi, secretário provincial da região de Diffa, no sudeste do Níger.
“Existem 11 pessoas, incluindo três mulheres e quatro crianças, duas das quais bebés, que tinham sido capturadas pelo grupo terrorista Boko Haram.”
Os raptos ocorreram nos dias 11 e 12 de Agosto de 2020, em duas aldeias de Gueskerou, um distrito no lado nigerino do Lago Chade. As forças libertaram os reféns menos de uma semana depois.
A zona costeira pantanosa do lago, partilhada por Chade, Níger e Nigéria, transformou-se num campo de caça para extremistas transfronteiriços, que atacam comunidades remotas e, muitas vezes, fazem raptos para depois pedir o dinheiro de resgate.
De acordo com a televisão estatal do Níger, as tropas perseguiram os sequestradores e libertaram os reféns quando os seus familiares estavam prestes a pagar o resgate de 2 milhões de francos CFA (3.600 dólares). A estação de televisão mostrou armas e munições recuperadas dos sequestradores. “O Exército desferiu um golpe pesado sobre o inimigo,” disse Godi, que acolheu os reféns depois do infortúnio.
O Níger enfrenta ataques extremistas no oeste perpetrados por grupos do Mali e de Burkina Faso e no sudeste pelo Boko Haram e por um grupo dissidente chamado Província da África Ocidental do Estado Islâmico.
A região do Diffa sozinha alberga 300.000 pessoas que abandonaram as suas residências, de acordo com as Nações Unidas.