EQUIPA DA ADF
Os EUA efectuaram a entrega de equipamento de protecção individual (EPI) ao Ruanda para ajudar um dos casos de sucesso da COVID-19 da África, a manter o vírus à distância. O equipamento, avaliado em mais de 200.000 dólares, irá proteger os funcionários do sector de saúde do Ruanda que estão na linha da frente da pandemia.
O Projecto Ingobyi, da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional, fez a entrega das caixas de máscaras cirúrgicas, luvas cirúrgicas e não cirúrgicas e botas de borracha. O projecto trabalha com o Ministério de Saúde nas comunidades do Ruanda, hospitais distritais e centros de saúde.
A agência efectuou a entrega do equipamento numa cerimónia no Hospital de Nyamatano distrito de Bugesera, um dos vários hospitais onde os EUA financiaram unidades de isolamento destinadas a tratar de pacientes com doenças altamente contagiosas tais como a COVID-19.
“Este é um acto notável para o nosso hospital, em particular, e para os serviços de prestação de cuidados sanitários no distrito, em geral,” William Rutagengwa, director-geral do hospital, disse num artigo da pressbox.rw.
As autoridades disseram que o equipamento irá ajudar a prevenir a transmissão da doença em cinco hospitais com unidades de isolamento financiadas pelo Projecto Ingobyi. O projecto está a instalar outras três unidades de isolamento.
A doação destaca o apoio contínuo que o governo dos EUA tem dado ao Ruanda durante a pandemia, disse o Embaixador dos EUA no Ruanda, Peter Vrooman, que participou da cerimónia.
“Com esta doação, estamos a proteger os enfermeiros, as parteiras e os médicos ruandeses assim como os demais profissionais de saúde, e isto é particularmente importante para os serviços neonatais e de saúde materno-infantil,” disse Vrooman à ADF num e-mail.
Durante o evento, Vrooman visitou o hospital na companhia de médicos e funcionários do governo. Rutagengwa estava entre os que agradeceram a Vrooman e aos contribuintes americanos.
A doação de Novembro vem acrescer os 8,2 milhões de dólares dos EUA destinados à luta do Ruanda contra a COVID-19.
Em Outubro, os EUA doaram três viaturas de tracção a quatro rodas ao Centro Biomédico do Ruanda (CBR) para ajudar os funcionários do sector de saúde do país a realizarem mais rastreamentos de contactos para conter a propagação da COVID-19. As viaturas ajudaram as autoridades de saúde a acederem às zonas rurais. As autoridades ruandesas estabeleceram um sistema de rastreamento de contactos pouco depois do primeiro caso da COVID-19 ter sido confirmado em Março.
Os EUA doaram recentemente 100 ventiladores, EPI, camas hospitalares, desinfectante e outros itens de grande importância aos centros de tratamento da COVID-19.
Outras doações dos EUA ajudaram a construir estacões de lavagem das mãos em muitos distritos do Ruanda, fornecer apoio de comunicação pública sobre a COVID-19, aumentar a capacidade de diagnóstico e a biossegurança do laboratório, melhorar a vigilância a nível central e distrital e ainda fortalecer os esforços de prevenção de infecções.
Na altura da mais recente entrega dos EUA dos itens para a luta contra o vírus, o CBR planificava implementar um programa chamado “Identificação da COVID-19 pelo Cheiro Utilizando Cães” para detectar pessoas infectadas pela COVID-19, noticiou o KT Press, um jornal ruandês. O projecto coincide com os esforços do Ruanda para embarcar no rastreio público do vírus, em Dezembro.
“Este projecto irá acelerar as nossas capacidades de testagem, especialmente em locais públicos, onde os testes em massa serão necessários,” disse Sabin Nsanzimana, director-geral do CBR.
Os cães têm uma taxa de detecção com sucesso de 94%. Projectos semelhantes foram lançados nos aeroportos de Dubai, Líbano e Finlândia, noticiou o jornal. O programa dos “cães farejadores” foi anunciado numa altura em que o Ruanda planeia abrir mais actividades comerciais e autorizar viagens internacionais.