EQUIPA DA ADF
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) fez a entrega de 14 ventiladores ao Quénia, para ajudar no tratamento de pacientes graves de COVID-19. A entrega ao Hospital Geral Universitário e de Referência da Costa, em Mombasa, faz parte da promessa dos EUA de oferecer 200 ventiladores aos hospitais do país.
Os ventiladores, entregues em meio a um aumento de casos da COVID-19 em Mombasa, ajudam no prolongamento da vida dos pacientes mais graves e com dificuldades de respiração relacionadas com a COVID-19 e outras doenças. As máquinas auxiliares de respiração podem melhorar os níveis de oxigénio nos pacientes com insuficiência pulmonar. Elas transportam o oxigénio para dentro e para fora dos pulmões através de um tubo inserido nas vias aéreas do paciente.
Durante a cerimónia de entrega, havida a 1 de Novembro, o Vice-Governador do Condado de Mombasa, William Kingi, agradeceu a USAID por doar o “equipamento muito importante.”
“Irá realmente ajudar na gestão da pandemia. O meu desejo é de que não tenhamos de chegar a este nível de realmente precisarmos de utilizar este equipamento. [Isso significaria] que estamos tão doentes que precisamos dele,” disse Kingi durante a cerimónia. “O que temos de fazer é sermos capazes de protegermo-nos.”
Kingi disse que um recente aumento de casos na zona costeira do Quénia ocorreu porque as pessoas se tornaram complacentes e pararam de seguir os protocolos de segurança.
“Existe um aumento em Mombasa que aconteceu porque nós baixamos a nossa guarda,” disse Kingi. “Protocolos simples do Ministério de Saúde — distanciamento social, uso de máscaras e desinfectante — se colocarmos estes três em prática, veremos uma redução no número de casos. Não queremos que as pessoas tenham de ir ao hospital.
O Governador de Mombasa, Hassan Joho, também agradeceu a USAID, dizendo que a doação “veio em tempo oportuno e será bem utilizada para o fim a que se destina.”
O embaixador dos EUA, no Quénia, Kyle McCarter, anunciou a doação de 200 ventiladores em Outubro.
“Esta doação faz parte do compromisso contínuo dos Estados Unidos com a saúde e segurança dos quenianos e é um acréscimo aos 7,6 bilhões de xelins quenianos (aproximadamente 69,6 milhões de dólares) já oferecidos para a luta contra a COVID-19 no Quénia e os 60 bilhões de xelins quenianos (mais de 549 milhões de dólares) dados anualmente para a luta contra HIV/SIDA, tuberculose e malária,” disse McCarter. “Doações como estes ventiladores e medicamentos salvam a vida de milhares de quenianos.”
Em Junho, o Ministério de Saúde do Quénia comunicou que o país, de cerca de 51,4 milhões de habitantes, tinha apenas 189 ventiladores disponíveis para pacientes de COVID-19.
Outras doações dos EUA fortaleceram a resposta à COVID-19 do Quénia, através de equipamento, testes, formação e pesquisa, assim como apoio à saúde, água potável, saneamento, ensino, emprego e segurança alimentar.
No início de Outubro, a USAID anunciou o começo de um programa de Obras Locais de três anos, avaliado em 7 milhões de dólares, em apoio às comunidades da região de Maasai Mara, na costa norte do Quénia, que enfrenta o desemprego e a diminuição nas receitas do turismo, por causa da COVID-19.
Para além do Quénia aceitar a ajuda dos EUA, os seus líderes e funcionários do sector de saúde têm demonstrado vontade de confrontar a crise. Em Agosto, o Presidente Uhuru Kenyatta anunciou planos para um consórcio da vacina da COVID-19.
Até Novembro, cerca de 40 pessoas, na sua maioria funcionários do sector de saúde da linha da frente, participaram em testes em seres humanos de uma vacina contra a COVID-19, no Quénia, noticiou a Voz da América (VOA). A Universidade de Oxford fez uma parceria com a empresa farmacêutica AstraZeneca para o desenvolvimento da vacina. Os testes foram realizados no Programa de Pesquisas da KEMRI-Wellcome Trust, no Instituto de Pesquisa Médica do Quénia, em Kilifi.
Samuel Sang, do Instituto de Pesquisa Médica do Quénia, disse que os pesquisadores estão a procurar determinar se a vacina é segura e eficaz para os quenianos.
“Vacinas que funcionam e são seguras para uma determinada população [podem não] funcionar para [outras] populações,” disse Sang à VOA.