Phoenix Express Testa Cooperação em Segurança Marítima no Mediterrâneo

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EQUIPA DA ADF

Os membros das Forças Armadas da Mauritânia amontoavam-se enquanto a sua embarcação atravessava o Mar Mediterrâneo em direcção a um navio no horizonte. Uma vez ao lado do navio, as forças militares subiram a bordo, um indivíduo de cada vez. De armas em punho, revistaram o navio antes de prenderem o seu capitão e confiscarem um conjunto de armas.

As forças mauritanas estavam a participar num exercício de visita, abordagem, busca e apreensão durante a 19ª edição do Phoenix Express, um exercício multinacional de segurança marítima de 12 dias, organizado este ano pela Tunísia, patrocinado pelo Comando dos EUA para África e liderado pelas Forças Navais dos EUA em África.

Os objectivos do evento anual são reforçar a cooperação regional, o conhecimento do domínio marítimo, as práticas de partilha de informações e as capacidades operacionais, melhorando simultaneamente a segurança e a protecção no Mar Mediterrâneo e nas águas territoriais da África do Norte. O exercício terminou a 15 de Novembro.

As ameaças à protecção marítima na região incluem a pirataria e os assaltos à mão armada, a pesca ilegal, o contrabando de drogas, de seres humanos e de armas e a descarga de resíduos tóxicos.

“A Tunísia tem a honra de acolher o Phoenix Express 2024,” o Comodoro Noureddine Chakroun, subchefe do Estado-Maior da Marinha Tunisina responsável pelas operações, disse num comunicado de imprensa. “A nossa localização estratégica no Mediterrâneo permitiu-nos facilitar as operações multinacionais que visavam objectivos de segurança comuns, abordando colectivamente os desafios da segurança marítima.”

Participaram a Argélia, a Bélgica, a Geórgia, a Itália, a Líbia, Malta, a Mauritânia, o Marrocos, o Senegal, a Tunísia, a Turquia e os Estados Unidos. Durante o exercício, as nações colaboraram para incorporar a utilização de um centro multinacional para melhorar as comunicações entre as forças marítimas da Europa, da África do Norte e dos EUA.

A fase no mar do exercício avaliou a capacidade dos navios participantes e dos centros de operações marítimas (MOC) para efectuarem operações de segurança marítima. Os MOC ajudam a gerir e a transmitir uma imagem operacional às unidades tácticas no mar.

“A parte marítima deste exercício é o momento de reforçar ainda mais a interoperabilidade e melhorar as comunicações navio-terra e navio-navio entre as nações participantes,” o Comodoro Nejib Ben Saada, director do exercício tunisino Phoenix Express, disse num comunicado de imprensa. “A coordenação entre as 12 nações participantes durante esta fase não é uma tarefa fácil e estou ansioso por reforçar as nossas linhas de comunicação durante esta fase.”

A fase incluiu embarque em navios, operações de patrulha marítima aérea, mergulho e exercícios de busca e resgate.

“Ano após ano, as nações da Europa e de África regressam a este exercício para desenvolver parcerias já fortes, com o objectivo comum de reforçar uma África do Norte e um Mediterrâneo seguros e protegidos,” o Contra-Almirante Jason Naidyhorski, vice-comandante da 6.a Frota, disse num comunicado de imprensa. “O tipo de formação que vemos aqui tem evoluído a cada edição, e este ano não é excepção.”

O Phoenix Express é um dos três exercícios marítimos regionais liderados pelas Forças Navais dos EUA em África, como parte de uma estratégia abrangente para oferecer oportunidades de colaboração às forças africanas e aos parceiros internacionais, a fim de abordar as questões de segurança marítima. Os outros exercícios são o Cutlass Express, organizado por Djibouti, Quénia e Seychelles no final de Fevereiro e início de Março, e o Obangame Express, realizado no Golfo da Guiné em Maio.

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