Gana Aperfeiçoa Sua Capacidade Marítima no Exercício Sea Lion 2024
EQUIPA DA ADF
Em Março, as Forças Armadas do Gana participaram no Exercício Sea Lion 2024, um exercício de segurança marítima com a duração de uma semana, concebido para aperfeiçoar as competências da nação em matéria de segurança marítima.
O Chefe do Estado-Maior da Defesa do Gana, Tenente-General Thomas Oppong-Peprah, afirmou no discurso de abertura que o exercício tem por objectivo desenvolver a interoperabilidade para futuras operações contra as actuais ameaças à segurança, como a pirataria e o terrorismo.
“A recente vaga de pirataria no Golfo da Guiné e outros crimes transnacionais no mar tornaram imperativo que a Marinha do Gana testasse a sua prontidão operacional e resiliência no confronto com estes criminosos,” afirmou Peprah.
Registaram-se 22 ataques de pirataria no Golfo da Guiné em 2023, ligeiramente acima dos 19 registados em 2022, mas abaixo dos 35 em 2021 e dos 81 em 2020, de acordo com o Gabinete Marítimo Internacional (IMB). As autoridades registaram seis incidentes de pirataria no primeiro trimestre de 2024, em comparação com cinco no mesmo período de 2023.
“Embora nos congratulemos com a redução dos incidentes, a pirataria e os assaltos à mão armada no Golfo da Guiné continuam a ser uma ameaça,” o Director do IMB, Michael Howlett, disse num relatório do gabinete. “É crucial uma presença naval regional e internacional contínua e sólida para responder a estes incidentes e salvaguardar a vida no mar.”
O exercício incluiu manobras da frota no mar, exercícios conjuntos para melhorar a interoperabilidade, combate ao terrorismo e operações de salvamento de reféns.
A Brigada de Operações Especiais do Exército do Gana, o Esquadrão de Barco Especial da Marinha do Gana e o Esquadrão de Caça da Força Aérea do Gana participaram num exercício simulado baseado num cenário em que um ministro regional e a sua família tinham sido raptados por terroristas e mantidos reféns na sua casa antes de serem resgatados no mar.
Durante o exercício, os navios Volta e Ankobra, da Marinha do Gana, navegaram ao lado do navio USS Hershel “Woody” Williams, da Marinha dos Estados Unidos, até ao equador, uma tradição centenária conhecida como “crossing the line.”
“Atravessar o equador no centro da Terra não é apenas uma façanha náutica, mas também um momento simbólico de unidade, uma vez que transcendemos fronteiras e entramos juntos em novos horizontes,” o Chefe do Estado-Maior Naval do Gana, Contra-Almirante Issah Adam Yakubu, disse na cerimónia de encerramento do exercício.
Durante esse exercício, dois marinheiros norte-americanos embarcaram em navios da Marinha do Gana, enquanto o navio dos EUA recebeu cinco marinheiros ganeses.
“Foi … fantástico ver os nossos dois marinheiros regressarem com grandes sorrisos e grandes histórias para contar sobre o tempo que passaram nos seus respectivos navios,” disse a Capitã Amy Lindahl, comandante do Hershel “Woody” Williams.
Nas observações finais, Yakubu pediu a todos os militares que reconhecessem os sacrifícios e as contribuições daqueles que serviram antes deles.
“As nossas realizações de hoje assentam nos alicerces lançados por aqueles que dedicaram as suas vidas a proteger e defender o nosso querido país, e nós honramos o seu legado e levamos humildemente a tocha para a frente, mantendo as tradições de excelência que definem a nossa nobre profissão,” afirmou.
As autoridades militares realizaram o anterior exercício Sea Lion em 2020.
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