Exército Nigeriano Actualiza Doutrina de Formação Para Melhor Combater Insegurança

EQUIPA DA ADF

Como comandante do Comando de Formação e Doutrina do Exército Nigeriano (TRADOC), o Major-General Kevin Aligbe acredita que os soldados devem estar constantemente a trabalhar para melhorar.

É por isso que o exército faz a revisão contínua dos seus módulos de ensino, que foi o principal objectivo da sua conferência anual de cinco dias no quartel-general do TRADOC, em Minna, Estado do Níger, de 8 a 12 de Janeiro.

“Sem formação, não se pode lutar,” afirmou durante a conferência. “A doutrina dá-nos a latitude e o espírito sobre a forma como devemos lutar. Quando se treina correctamente com base na doutrina, que é também algo que resulta da experiência de operações anteriores, isso significa que se pode fazer mais nas operações.”

Cento e vinte comandantes e comandantes de campo das 18 escolas de formação da Nigéria participaram na conferência para actualizar o currículo com base nas suas experiências de batalhas anteriores.

O TRADOC é um grupo de reflexão militar do exército, encarregue da formação doutrinária baseada na investigação, do desenvolvimento do combate e da supervisão dos centros de formação de todo o país.

O Chefe do Departamento de Formação do TRADOC, Major-General Sani Gambo Mohammed, afirmou que os diversos desafios de segurança do país estiveram na base do tema da conferência: “Melhorar a eficácia operacional num ambiente conjunto, através de uma formação à medida.”

“O exército está envolvido numa infinidade de actividades que abrangem uma grande variedade de operações militares, desde compromissos militares convencionais, como operações militares diferentes da guerra, a operações de apoio à paz, contra-insurgência, combate ao terrorismo e operações de combate ao banditismo,” disse num discurso aos participantes durante a conferência.

O Exército Nigeriano possui 18 escolas de formação sob a alçada do seu Comando de Formação e Doutrina. FORÇAS ARMADAS DA NIGÉRIA

A Nigéria tem lutado contra organizações extremistas violentas — Boko Haram e a Província da África Ocidental do Estado Islâmico — que mataram dezenas de milhares de pessoas desde o início da insurgência em Julho de 2009.

O banditismo desenfreado e raptos também assolaram o país nos últimos anos, tendo ficado na posição 144 do total de 163 países no Índice Global de Paz de 2023, produzido pelo Instituto de Economia e Paz. A Nigéria conta com 3,2 milhões de pessoas deslocadas internamente, de acordo com dados do governo no início de 2023.

Aligbe disse que a conferência estabeleceu uma agenda para todas as escolas de formação das divisões do exército nigeriano. Exortou os participantes a inspirarem-se em todos os cursos e actividades de formação que serão realizados em 2024, a fim de enfrentar completamente os desafios de segurança que o país enfrenta.

Aligbe disse que a conferência irá avaliar todas as escolas de formação militar da Nigéria para definir e atingir marcos e objectivos mensuráveis.

Acrescentou que o exército identificou lacunas em operações anteriores e que toda a formação a realizar em 2024 se centrará em colmatar essas lacunas para alcançar a eficácia operacional.

“Ainda não estamos a falar de eficiência operacional; estamos apenas preocupados com a eficácia operacional,” Aligbe disse numa reunião de jornalistas no dia 10 de Janeiro. “Queremos garantir que os adversários não tenham a capacidade de continuar a afectar os cidadãos cumpridores da lei da forma como o têm feito.

“A chave para a eficácia num ambiente conjunto ou multinacional é ter tropas bem treinadas e com capacidade para a missão.”

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