Gana Disponibiliza Modelo De Cibersegurança À Medida Que As Ameaças Se Multiplicam

EQUIPA DA ADF

O Gana está a trabalhar para se posicionar como um líder continental em matéria de cibersegurança. O país criou uma rede de cibersegurança liderada por civis, com sede no Ministério das Comunicações, mas com filiais importantes nos sectores da segurança e da tecnologia.

Na linha da frente da luta contínua do Gana contra as ameaças online, a Autoridade de Cibersegurança, criada em 2021, e a Equipa Nacional de Resposta a Emergências Informáticas acompanham as ameaças em tempo real e coordenam a resposta a grandes eventos.

A autoridade exige que todas as empresas de cibersegurança sejam licenciadas e, a partir de 1 de Janeiro de 2023, começou a auditar os proprietários de infra-estruturas críticas de informação para garantir que estejam a operar em conformidade com os mandatos de segurança.

“Outros países do continente têm muito a aprender com a abordagem do Gana, que trouxe um enorme crescimento nas capacidades cibernéticas, permitiu que o Gana tomasse medidas para enfrentar as ameaças crescentes e reforçou a confiança entre o governo e os cidadãos,” escreveram Kenneth Adu-Amanfoh, presidente da Organização de Cibersegurança e Direitos Digitais da África, e Nate Allen, um especialista em cibersegurança, num comentário para o Centro de Estudos Estratégicos da África.

As Forças Armadas do Gana (GAF) também estão a desempenhar um papel fundamental na estratégia do país. Durante o Mês de Consciencialização Sobre a Cibersegurança, em Outubro de 2022, o Vice-Almirante Seth Amoama, Chefe do Estado-Maior da Defesa do Gana, disse que esforços estão em curso para certificar que todo o pessoal compreenda as ameaças de cibersegurança, as possíveis vulnerabilidades e o seu impacto na prontidão das missões. As GAF encontram-se numa transição para um ambiente de trabalho “sem papel,” fazendo com que a cibersegurança seja extremamente importante. 

“Para nós, no exército, o ciberespaço emerge como um quinto domínio de guerra, juntamente com os domínios da terra, mar, ar e espaço,” disse Amoama, de acordo com Gana Peace Journal. “Não é surpreendente, por conseguinte, que os terroristas e os grupos extremistas violentos estejam a utilizar as plataformas da internet para apoiar as suas actividades.”

O sucesso de cibersegurança do Gana impulsionou que saísse da 89ª para a 43ª posição, no Índice Global de Cibersegurança, da União Internacional de Telecomunicações. Encontra-se entre os apenas sete países africanos na lista de principais 50 países, a nível global, tendo-se juntado ao Egito, Ilhas Maurícias, Marrocos, Nigéria, Tanzânia e Tunísia.

Comentários estão fechados.