UNMISS
“Se queremos verdadeiramente transformar e reconstruir este país e um exército nacional, temos de ouvir as vozes dos nossos civis para podermos restaurar a confiança do público,” disse o Capitão Joseph James Mangar, chefe do Departamento de Formação e Defesa da Justiça Militar das Forças de Defesa do Povo do Sudão do Sul, numa sessão de formação, em Janeiro de 2023, em Juba.
A sua declaração deu o mote para um seminário organizado pela Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS). O objectivo era criar consciência, transmitir competências e conhecimentos sobre direitos humanos e ajudar o exército a construir relações produtivas.
O workshop, organizado e financiado pela Divisão de Direitos Humanos da missão de manutenção da paz, reuniu 35 oficiais comissionados e não-comissionados do exército governamental, 20 dos quais eram mulheres.
Bessong Ndip, um oficial de direitos humanos que trabalha para a UNMISS, disse que os militares não podem fazer o seu trabalho sem o apoio do público.
“Qualquer falha das forças armadas em defender consistentemente os direitos humanos quando protegem os civis pode minar a confiança necessária para a cooperação entre os soldados e os cidadãos,” disse.
“O exército e a polícia desempenham um papel fundamental na salvaguarda da vida dos civis, sobretudo quando se trata de prevenir a violência sexual e outros tipos de violência baseada no género, que causam uma insegurança terrível às mulheres e raparigas, especialmente quando vêem que os agressores não são responsabilizados.”
Mangar salientou a necessidade de evitar o tribalismo e a política de divisão para alcançar um sentido de unidade.
Os participantes foram informados não só sobre os direitos humanos, mas também sobre o mandato da UNMISS: proteger os civis; criar um ambiente propício ao acesso humanitário; monitorizar, investigar e reportar violações dos direitos humanos; e apoiar a implementação do acordo de paz.
A Primeiro-Tenente Aluel Bol Deng, da Divisão de Assuntos Femininos das forças armadas, gostou da oportunidade de formação e comprometeu-se a partilhar os seus novos conhecimentos com os colegas.
“Vou trabalhar arduamente para colmatar as lacunas de confiança que existem entre militares e civis, para que nos entendamos quando precisarmos do apoio uns dos outros,” afirmou.
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