O Malawi começou uma distribuição em massa de redes mosquiteiras para alcançar a maior parte dos 19 milhões de habitantes daquele país.
As redes reduzem a propagação da malária que, no Malawi, representa 36% de todos os pacientes do ambulatório e 15% dos internamentos hospitalares.
Khumbize Kandodo Chiponda, Ministra de Saúde do Malawi, anunciou a campanha apoiada pelo Global Fund durante a comemoração do Dia da Malária da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral. Ela disse ao Nyasa Times que a esperança era que as 9 milhões de redes do programa pudessem cada uma delas alcançar duas pessoas que partilham um espaço coberto por rede ou uma cama.
Ela também disse que os profissionais de saúde irão oferecer medicamentos antimaláricos a todas as mulheres grávidas para impedir que elas sofram da doença durante a gravidez.
Malária é a doença mais mortal no Malawi. Em 2020, a malária matou 2.500 pessoas naquele país, mais do que qualquer outra doença, incluindo a COVID-19.
Chiponda disse que a campanha enfrenta grandes desafios. “E um dos desafios é que quando se distribuem as redes, descobre-se que, especialmente ao longo do lago, elas são utilizadas para a pesca e coisas semelhantes,” disse à Voz da América.
Para reduzir a possibilidade deste mau uso, a campanha também envolve a sensibilização dos beneficiários sobre a importância de dormir debaixo de uma rede.
“África gasta cerca de 12 bilhões de dólares em malária anualmente,” disse Chiponda ao Nyasa Times. “Anulamente, 400.000 pessoas morrem de malária na região da SADC [Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral]. Por isso, como Estados-membros da SADC, estamos a reunir para garantir que combatemos a malária.”
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