Os casos de COVID-19 registados em África baixaram em 46% num período de uma semana, no início de Agosto, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Até finais de Agosto, o número global de casos de COVID-19 tinha baixado em 24% num período de uma semana.O Director-Geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, celebrou a notícia durante um discurso proferido em Togo, no dia 22 de Agosto.
“Como parte do nosso compromisso de melhorar a segurança de saúde na região, somente no mês passado, anunciámos a construção de um novo centro de logística de África, em Quénia, para estarmos mais preparados para futuras epidemias e pandemias,” disse Tedros. “É muito agradável ver que os números de casos registados e de mortes na região agora estão nos seus níveis mais baixos desde que a pandemia começou.”
O centro de logística de Quénia é um dos três lançados pela OMS em África. Os outros encontram-se no Senegal e na Nigéria. O centro conta com pessoal médico de emergência e possui equipamento suficiente para responder a mais de 100 emergências de saúde por ano.
“Um centro de emergências expandido e mais versátil, em Quénia, permitirá que a OMS apoie com eficácia e rapidez o Quénia e todos os países da África Oriental e Austral, mantendo quantidades armazenadas de medicamento e material logístico,” Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, disse na cerimónia de abertura das instalações.
Em meados de Agosto, Khaled Abdel-Ghafar, Ministro da Saúde e População do Egipto, disse que a taxa de ocupação hospitalar do seu país encontrava-se no seu ponto mais baixo desde que a pandemia começou.
“Estamos num estágio seguro e tivemos um decréscimo, nas últimas duas semanas, no número de casos comunitários em cerca de 50% nas infecções e 26% nas mortes,” disse Abdel-Ghafar, numa reportagem do jornal Egypt Independent.
Embora os casos da COVID-19 fossem baixos, 41 dos 55 Estados-membros da União Africana (UA) registaram taxas de mortalidade superiores à média global de 1,1% em meados de Agosto, de acordo com o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças.
Nessa altura, Somália e Sudão registaram taxas de mortalidade de COVID-19 superiores a 5%. O Sudão registou o segundo maior número de taxa de fatalidade de casos do mundo (7,5%) desde que a pandemia começou.
Argélia, Burundi, Quénia, Maurícias e Tunísia experimentaram as suas sextas vagas de COVID-19, em Agosto, enquanto 26 países experimentaram as suas quintas vagas.
No final de Agosto, o Ministro de Saúde da África do Sul, Dr. Joe Phaahla, confirmou que não houve aumento do número de casos, internamentos e mortes por COVID-19 desde que o país aliviou as restrições, em Junho.
“Esta é uma indicação de que agimos no interesse do público quando nos sentimos confiantes de que o nível de risco de um outro aumento era muito baixo,” disse Phaahla numa conferência de imprensa.
Phaahla acrescentou que os testes, os casos, os internamentos e as mortes por COVID-19 estavam a ser alvo de uma monitoria minuciosa para verificar quaisquer indicações de preocupação. Ele disse que duas variantes da Ómicron, BA.4 e BA.5, ainda eram predominantes na África do Sul embora os números fossem baixos.
“Apresentaram-se com um quadro mais ligeiro na África do Sul, sendo provavelmente o resultado de elevados níveis de imunidade adquirida de infecções anteriores…o que pode oferecer protecção contra a doença grave,” disse Phaahla.