EQUIPA DA ADF
Os Estados Unidos forneceram um segundo hospital de campanha de nível 2 de última geração, estimado em 5,5 milhões de dólares, às forças armadas do Uganda para ajudar no rápido destacamento para missões regionais de manutenção da paz, emergências humanitárias e crises médicas.
As instalações com 22 camas, que cumprem as especificações das Nações Unidas, dispõem de salas especializadas para cuidados dentários e cirúrgicos e para o tratamento de doenças infecciosas. Os funcionários ugandeses afirmaram que o hospital portátil inclui equipamento de diagnóstico por imagem, raios X e cuidados oftalmológicos.
Os soldados das Forças de Defesa Popular do Uganda treinaram extensivamente no Centro de Capacidades de Destacamento Rápido do Uganda, em Jinja, em Outubro, antes de receberem o hospital. Aprenderam a montar, a operar e a desmontar o hospital para poderem ser destacados eficazmente quando necessário.
“Esta iniciativa reflecte a dedicação dos Estados Unidos em melhorar os cuidados de saúde e as capacidades de resposta humanitária como parte da parceria de mais de 60 anos com o povo ugandês,” afirmou o Embaixador dos EUA no Uganda, William Popp.
O Brigadeiro-General do Uganda, Peter Gaetano Omola, disse que a doação era uma prova dos fortes laços diplomáticos entre os dois países. “É um manifesto de que os nossos líderes estratégicos entre os dois governos estão a trabalhar em harmonia para o nosso bem,” disse ele, segundo o site de notícias ugandês Nile Post.
O primeiro hospital doado desempenhou um papel crucial durante a pandemia da COVID-19, contribuindo para a resposta do Uganda, que ajudou a salvar milhares de vidas, incluindo civis. Ambos os hospitais dispõem de instalações de isolamento com pressão negativa para casos de doenças infecciosas como a COVID-19. Os quartos de pressão negativa, também chamados quartos de isolamento, impedem que os doentes com doenças infecciosas infectem outros doentes, visitantes e pessoal de saúde. A pressão do ar no interior da sala é inferior à pressão do ar no exterior. Quando a porta é aberta, o ar potencialmente contaminado ou outras partículas perigosas no interior da sala não saem para o exterior.
Omola disse que o primeiro hospital estava inicialmente estacionado em Bombo para dar resposta à COVID-19 e que agora está implantado em Mogadíscio, apoiando as tropas ugandesas na Missão de Transição da União Africana na Somália. As autoridades ugandesas dizem que o plano é utilizar um dos hospitais para formação e o outro para intervenções de emergência.
As missões das forças armadas do Uganda incluem a defesa da soberania e da integridade territorial do Uganda e a ajuda às autoridades civis em situações de emergência e desastres naturais. As forças armadas também participam em projectos de desenvolvimento socioeconómico, ajudam a polícia a manter a segurança interna e participam em missões de manutenção da paz africanas e da ONU.
O Uganda foi escolhido para a doação devido ao seu papel como um pilar da manutenção da paz em África, informou o Nile Post. O Uganda recebeu também uma estação de tratamento de águas e um incinerador.
Através de 13 agências governamentais, os EUA investem anualmente quase 1 bilhão de dólares nas comunidades ugandesas para promover o crescimento económico e a empregabilidade, melhorar a saúde e a educação, apoiar os valores democráticos e reforçar a segurança. Mais de 97% deste investimento no Uganda é efectuado directamente através de parceiros não-governamentais. Os EUA afirmam que a sua assistência ao Uganda desempenha um papel fundamental na melhoria dos resultados em matéria de saúde, reforçando a sua capacidade de enfrentar as ameaças emergentes para a saúde, incluindo a tuberculose, a malária, a saúde materno-infantil e o HIV/SIDA.