EQUIPA da ADF
Foi uma vida cheia de estreias. A Major-General Constance Edjeani-Afenu, das Forças Armadas do Gana (GAF), foi pioneira como oficial militar, pacificadora e diplomata.
Morreu em 2022, mas o seu livro de memórias, “The Lady in Boots (A Dama de Botas),” foi publicado e lançado durante um evento no Burma Camp, em Setembro de 2023.
A irmã da falecida general, Akofa Edjeani, disse que espera que o livro possa ser distribuído pelas escolas secundárias do Gana para inspirar a próxima geração de mulheres líderes.
“Aos jovens que andam por aí, especialmente as mulheres… não tenham medo,” Edjeani disse à Agência de Notícias do Gana. “Saibam o que querem, o que são capazes de fazer e comecem. Quando se começa, acaba-se.”
Durante 41 anos de serviço militar, Edjeani-Afenu foi a primeira mulher comandante e a primeira mulher brigadeiro-general na história das GAF. Serviu em missões de manutenção da paz no Líbano, na Libéria e na República Democrática do Congo, onde foi a primeira mulher chefe de equipa na história dessa missão.
No seu último posto, na Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental, foi vice-comandante da força, a primeira mulher a ter esse título nessa missão.
Após a sua morte, na sequência de uma breve doença, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, elogiou “o seu trabalho incansável para promover a inclusão e aumentar o número de mulheres nas operações de manutenção da paz em que serviu.”
Foi promovida, a título póstumo, de brigadeiro-general a major-general, numa acção aprovada pelo presidente.
Numa entrevista concedida no ano anterior à sua morte, apontou um atributo que a ajudou a ultrapassar as dificuldades.
“Penso que a disciplina nos levará a lugares de destaque, porque na disciplina há trabalho árduo, respeito e pontualidade,” Edjeani-Afenu disse ao Ghana Peace Journal em 2021. “Na vida, percebi-me que é mais fácil ser disciplinado do que ser indisciplinado… por isso, escolho a disciplina.”