AGÊNCIA FRANCE-PRESSE
O governo da Nigéria aprovou a criação de uma empresa para o rápido desenvolvimento de uma importante infra-estrutura, com 2,6 bilhões de dólares de financiamento inicial.
Em 2020, o país mais populoso de África entrou em recessão, no terceiro trimestre, pela segunda vez em quatro anos, foi atingido pela pandemia da COVID-19 e pela queda do preço do petróleo. Actualmente, enfrenta um enorme défice infra-estrutural.
Segundo vários funcionários, a empresa, a Infra-Co, vai ser uma das principais entidades financeiras de infra-estruturas em África e irá dedicar-se por completo ao desenvolvimento das infra-estruturas da Nigéria.
“Prevê-se, com o passar do tempo, que a entidade expanda para 15 triliões de nairas (39,3 bilhões de dólares) em termos de bens e capitais,” declarou um porta-voz do Vice-Presidente Yemi Osinbajo.
A Infra-Co vai funcionar como uma parceria público-privada e, numa fase inicial, será financiada pelo Banco Central da Nigéria, pela Autoridade Soberana da Nigéria e pela Africa Finance Corp.
Vai centrar-se na reconstrução e no desenvolvimento de bens públicos, novas estradas, caminhos-de-ferro, energia e outros principais projectos de infra-estruturas.
Peritos financeiros prevêem que venha haver, em 2021, uma contracção de pelo menos 3 por cento da economia da Nigéria, uma situação que muitos receiam que possa vir a aprofundar a crise infra-estrutural e agravar a economia de um país que já está a sofrer com a pandemia.
Em 2020, o senado da Nigéria aprovou cerca de 23 bilhões de dólares em pedidos de empréstimos estrangeiros pelo presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, para apoiar vários projectos de grande envergadura, que o governo acredita que vão revitalizar a infra-estrutura do país.
O país criou também um projecto ferroviário no valor de 1,96 bilhões de dólares, ligando-o ao país vizinho Níger, uma vez que se pretende aumentar o comércio.