A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental celebrou o seu 50.º aniversário como um dos blocos económicos mais bem-sucedidos do continente e uma força importante na cooperação regional e na manutenção da paz.
A comunidade, conhecida como CEDEAO, comemorou o seu aniversário em meados de 2025. Dezasseis Estados-membros fundaram-na em 1975.
Em três anos após a sua fundação, os mandatos do bloco foram alargados para abranger objectivos políticos e de segurança. Estas adições foram necessárias à medida que os países da África Ocidental se adaptavam aos desafios socioeconómicos e de segurança em constante mudança, que passaram a incluir ameaças terroristas.
“Estamos a enfrentar os maiores desafios que enfrentamos hoje, o terrorismo, as mudanças climáticas e a mudança inconstitucional de governo, a pobreza e as disparidades económicas,” afirmou o presidente da Comissão da CEDEAO, Omar Alieu Touray, conforme noticiado pela Reuters. Ele expressou confiança na superação dos desafios.
Golpes militares levaram à retirada do Burquina Faso, do Mali e do Níger do grupo em 2024. Os três países separatistas formaram a Aliança dos Estados do Sahel. Desde então, a CEDEAO tem feito tentativas para que os três países regressem. Em meados de 2025, os representantes da CEDEAO reuniram-se no Gana e começaram a planear a relocalização de várias instituições importantes sediadas nos três países da aliança, de acordo com a Business Insider Africa. Os responsáveis da CEDEAO afirmaram ter preocupações relacionadas com a livre circulação de pessoas, bens e serviços dentro da aliança.
O objectivo declarado da CEDEAO é alcançar a “auto-suficiência colectiva” dos seus Estados-membros através de um único grande bloco comercial. A sua ênfase na manutenção da paz inclui a igualdade e a interdependência dos Estados-membros, a solidariedade, a não-agressão, a promoção de direitos humanos, a justiça económica e social e a governação democrática.
Um sucesso particular tem sido o Protocolo sobre a Livre Circulação de Pessoas, Residências e Estabelecimento, que concede aos cidadãos o direito de entrar e viver no território de qualquer país-membro. Um segundo protocolo visa desenvolver e integrar a indústria do turismo de cada país membro.
Como força de manutenção da paz na região, os Estados-membros enviaram forças militares conjuntas para intervir nos países-membros do bloco em momentos de instabilidade política e agitação. A primeira intervenção ocorreu em resultado de uma guerra civil na Libéria, em 1990. O contingente inicial de 3.000 homens foi formado com pessoal proveniente da Gâmbia, Gana, Guiné, Nigéria e Serra Leoa, com tropas adicionais contribuídas pelo Mali.
Desde então, a CEDEAO também interveio na Costa do Marfim, Gâmbia, Guiné-Bissau, Mali e Serra Leoa.
