Após uma reunião na Tanzânia, o Conselho da União Africana recomendou a melhoria das relações com as comunidades económicas regionais, o reforço dos seus mecanismos de prevenção e o aperfeiçoamento dos seus instrumentos de mediação.
O conselho centrou-se na promoção e defesa dos valores comuns da UA e nos instrumentos estabelecidos para garantir a paz, a segurança e a estabilidade no continente. A sessão de três dias em Arusha incluiu orientação para os novos membros do Conselho de Paz e Segurança.
O embaixador nigeriano, Bankole Adeoye, comissário da UA para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança, enfatizou a filosofia de “soluções africanas para problemas africanos,” sublinhando o papel fundamental do conselho na promoção da agenda de paz da UA.
O conselho também discutiu a Agenda 2063, que visa concretizar as “Sete Aspirações” que aproximarão África da realização da sua visão para 2063. As aspirações são:
- Uma África próspera, baseada no crescimento inclusivo e no desenvolvimento sustentável.
- Um continente integrado, politicamente unido e baseado nos ideais do pan-africanismo e na visão do “Renascimento da África.”
- Uma África de boa governação, democracia, respeito pelos direitos humanos, justiça e Estado de direito.
- Uma África pacífica e segura.
- Uma África com uma forte identidade cultural, património comum, valores e ética partilhados.
- Uma África cujo desenvolvimento é impulsionado pelas pessoas, contando com o potencial do povo africano, principalmente das mulheres e dos jovens, e cuidado pelas crianças.
- Uma África como um actor e parceiro global forte, unido, resiliente e influente.
As autoridades afirmaram que as Sete Aspirações reflectem o desejo da UA por prosperidade e bem-estar comuns, por unidade e integração, e por um continente de cidadãos livres e horizontes ampliados.
O embaixador da Tanzânia, Innocent Shiyo, disse ao conselho que a Tanzânia “sempre defendeu a paz e a segurança” em África.
“Continuamos firmes no nosso apoio ao trabalho do Conselho de Paz e Segurança da União Africana,” afirmou. Acrescentou que, através da cooperação e de uma “vontade política inabalável,” o conselho pode, colectivamente, fazer avançar a agenda de paz e segurança da UA.
