No alto da Base Aérea de Kenitra, em Marrocos, equipas médicas militares marroquinas e norte-americanas tratavam de um soldado ferido num avião de transporte marroquino C-130H Hercules. As equipas evacuaram o soldado e trabalharam para o estabilizar antes de o transferirem para um hospital. Sobrevoando a cidade de Marrakesh, um Stratotanker KC-135R da Força Aérea dos EUA cruzou o céu ao lado de um caça F-16 da Força Aérea Real Marroquina.
Numa manobra complexa, o caça marroquino voou precisamente por baixo do Stratotanker e fez uma passagem de reabastecimento ar-ar de “contacto seco.” Estes eventos decorreram durante o Leão Africano 2025 (AL25), o maior exercício militar conjunto anual do continente. The scenario required the coordinated efforts of explosive ordnance detection specialists, divers to inspect the underside of the hull and decontamination experts. Reconnaissance drones and bomb robots helped keep troops safe from a possible blast.
“It’s an extremely sensitive task that requires discipline, synchronization and a mastery of the risks,” Royal Moroccan Armed Forces (FAR) 1st Lt. Nassim Fakih told Jeune Afrique .
The troops were participating in an exercise in which they assessed, contained and decontaminated a vessel. It was part of training to mitigate chemical, biological, radiological and nuclear (CBRN) threats during African Lion 2025 (AL25), the continent’s largest annual joint military exercise.
A Força-Tarefa do Exército dos Estados Unidos na Europa do Sul, África, liderou o exercício em nome do Comando dos Estados Unidos para a África (AFRICOM). Outros eventos do AL25 foram realizados em Gana, Marrocos e Senegal, de 14 de Abril a 23 de Maio.
The CBRN scenario, which included more than 150 participants, was just one element of African Lion, but was the product of more than a decade of partnership between experts at the U.S. Defense Threat Reduction Agency (DTRA) and the FAR to prepare for some of the world’s toughest threats.
“The goal is to cooperate better, refine our working methods, strengthen the security of our nations and our civilian populations, and remain ahead of emerging threats, always being ready to react ,” U.S. Army Lt. Col. Eric Geiger, officer in charge of AFRICOM’s DTRA technical support group, told Jeune Afrique.
O AL25 envolveu mais de 50 países e cerca de 10.000 soldados. Outras nações africanas participantes foram Benin, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, Djibouti, Egipto, Gâmbia, Guiné-Bissau, Quénia, Libéria, Líbia, Mauritânia, Nigéria, Serra Leoa e Togo. O exercício enfatizou a importância de construir relações sólidas e melhorar a capacidade de diferentes forças armadas de trabalharem em conjunto.
“De uma forma geral, o Leão Africano 2025 visa fortalecer a cooperação em matéria de segurança entre os Estados Unidos e os seus parceiros africanos para construir uma postura mais proactiva contra as ameaças transnacionais,” o coronel senegalês Massamba Thiam, chefe de operações do exército senegalês e representante sénior do Senegal no exercício, disse num comunicado de imprensa. “Para o Senegal, esta é uma oportunidade de unir esforços dos países vizinhos, fortalecer a cooperação sub-regional em matéria de segurança e reforçar as capacidades complementares.”
O AL25 centrou-se na defesa cibernética, pontaria, operações aerotransportadas e anfíbias, treino no terreno, cuidados tácticos a vítimas de combate, operações de posto de comando, prontidão médica, operações especiais, capacidades de transporte, guerra espacial e electrónica avançada e a utilização de sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade, que utilizam aeronaves para ataques de precisão de longo alcance.
Houve também operações de reabastecimento aéreo, exercícios de interoperabilidade, patrulhas combinadas, treino de sobrevivência no deserto, exercícios de resposta situacional, treino no combate a dispositivos explosivos improvisados e assistência humanitária.
Em Marrocos, os prestadores de cuidados dentários das FAR trabalharam com militares dos EUA num hospital de campanha na cidade rural de Anzi, onde partilharam técnicas clínicas e prestaram cuidados dentários à população local. Nas regiões rurais de Marrocos, muitas vezes, as pessoas vivem a horas de distância de um centro médico.
No hospital de campanha de Anzi, 271 profissionais de saúde prestaram cuidados médicos gratuitos a residentes locais. Construído por tropas marroquinas e americanas, o hospital inclui unidades médicas e cirúrgicas, uma unidade de hospitalização expansível com 20 leitos e unidades de assistência social, bem como uma unidade de esterilização, um centro de imagiologia médica digital, um laboratório de análises e uma farmácia militar.
Os eventos no Gana centraram-se nos processos de tomada de decisão militar, nos processos de planeamento conjunto e na vigilância e reconhecimento de inteligência. O coronel das Forças Armadas do Gana, Frank Gyabi-Abrokwah, salientou a importância da formação contínua, sobretudo no contexto das ameaças terroristas que se espalham para sul e oeste a partir da região do Sahel.
“A ameaça [da] região do Sahel é iminente, realista e perigosa, daí a necessidade de parcerias para continuar a reforçar as actividades de formação, a fim de garantir a segurança das fronteiras setentrionais do país,” Gyabi-Abrokwah disse numa reportagem da Agência de Notícias do Gana.
O exercício também foi benéfico para as Forças Armadas dos EUA e outras nações participantes.
“Posso dizer em primeira mão que as parcerias são importantes,” o Major Daniel Dreyer, do Exército dos EUA, oficial de operações designado para a 173.ª Brigada Aerotransportada, disse num comunicado de imprensa. “Trabalhar com os nossos parceiros marroquinos, tunisianos e senegaleses não é apenas apertar as mãos. Trata-se de aprender como cada um luta, pensa e se adapta — para que, quando chegarem as missões reais, já estejamos a falar a mesma língua.”