Um funcionário da União Africana afirmou que a Força Africana em Estado de Alerta precisa de evoluir à medida que o panorama de segurança do continente vai mudando.
Num webinar realizado em Setembro de 2024, o Dr. Alhadji Sarjoh Bah, director do Departamento de Paz e Segurança da UA para a Gestão de Conflitos, afirmou que a força fez progressos significativos nos seus 20 anos de existência. Disse que contribuiu para as operações de apoio à paz em todo o continente, “muitas vezes em circunstâncias difíceis, com exemplos notáveis de destacamentos em crises como a Somália, o Sudão e a República Centro-Africana, entre outras.” Estas missões, afirmou, demonstraram a capacidade da UA para actuar “de forma decisiva na defesa da paz, da segurança e dos princípios democráticos.”
Bah disse que a força de segurança “deve continuar a evoluir” à luz de um cenário de segurança continental em constante mudança. Indicou três preocupações específicas: o aumento dos actores não-estatais, os efeitos crescentes das mudanças climáticas nos conflitos e a necessidade de abordagens mais abrangentes para tratar as causas profundas da instabilidade.
Acrescentou que ameaças como a guerra assimétrica, o terrorismo, as pandemias e as catástrofes provocadas pelo clima exigem que a força se adapte e inove para se manter relevante e eficaz. Disse ainda que a força terá de reforçar a sua capacidade para enfrentar ameaças não convencionais, ameaças cibernéticas e pandemias, sem deixar de responder aos conflitos tradicionais.