Em Junho de 2024, o Senegal juntou-se às fileiras dos países produtores de petróleo em África, com uma produção que deverá atingir os 100.000 barris por dia e receitas que deverão aproximar-se dos bilhões de dólares por ano durante três décadas.
O Presidente Bassirou Diomaye Faye, eleito em Abril de 2024, afirmou que os lucros das vendas de petróleo e gás natural serão “bem geridos” e disse aos estudantes, em Junho, que tinha sido criado um “fundo intergeracional” para os beneficiar a eles e às gerações vindouras, segundo a Agence France-Presse.
A empresa australiana Woodside Energy detém 82% do campo de petróleo e gás de Sangomar, que está a ser desenvolvido ao largo da costa, cerca de 100 quilómetros a sul de Dakar. A empresa estatal de energia Petrosen detém o restante. Os trabalhos no campo começaram no início de 2020 e os primeiros barris de petróleo foram extraídos no dia 10 de Junho de 2024.
Esta primeira fase de desenvolvimento terá como objectivo 230 milhões de barris de petróleo bruto, informou a Reuters.
Prevê-se que a extracção de petróleo de Sangomar custe entre 4,9 bilhões e 5,2 bilhões de dólares, segundo o site de notícias turco TRT Afrika.
“Nunca estivemos tão bem posicionados para oportunidades de crescimento, inovação e sucesso no desenvolvimento económico e social da nossa nação,” o director-geral da Petrosen, Thierno Ly, disse à BBC.
Sangomar é um campo de águas profundas, onde a extracção envolve a perfuração do fundo do oceano, de acordo com o TRT Afrika. Mesmo com a produção de 100.000 barris por dia, o Senegal produzirá muito menos do que países como Argélia, Angola, Líbia e Nigéria, que produzem mais de 1 milhão de barris por dia.