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O Ministério da Defesa do Quénia co-organizou o seu primeiro seminário sobre a utilização responsável da inteligência artificial (IA) nas forças armadas em Junho de 2024.
Os Países Baixos e a Coreia do Sul foram os co-anfitriões do evento de dois dias em Nairobi. Estiveram presentes delegados e militares de mais de uma dezena de países para ouvir falar das oportunidades, desafios e riscos associados às aplicações militares da IA.
O evento ocorreu cerca de um mês depois de a Academia Militar da Universidade de Stellenbosch, na África do Sul, ter lançado uma unidade de investigação de IA para a defesa como centro de excelência em IA.
O seminário, o primeiro do género na África Oriental, foi subordinado ao tema “Utilização Regional Responsável da Inteligência Artificial nas Forças Armadas.”
Os participantes ouviram o Secretário do Gabinete da Defesa do Quénia, Aden Duale, prever que a IA não só reforçará as capacidades de defesa, como também ajudará a defender os “princípios da justiça, da paz e da dignidade humana.”
“O Quénia está empenhado em adoptar práticas éticas de IA nas operações militares para promover a segurança e a estabilidade em África e no mundo,” lê-se em parte no seu discurso. “Exorto-vos a partilharem as vossas ideias e a colaborarem em soluções que orientem para uma utilização responsável e eficaz da IA nos nossos esforços militares.”
O General Charles Kahariri, chefe das Forças de Defesa do Quénia, afirmou que é essencial um “quadro regulamentar abrangente que regule a utilização da IA em operações militares.”
“A criação de capacidades locais para desenvolver, implementar e regular a IA é crucial,” afirmou. “Estes quadros devem abordar questões como a privacidade dos dados, a segurança e a utilização ética. Os decisores políticos devem trabalhar em estreita colaboração com tecnólogos, especialistas em ética e peritos militares para criar políticas que equilibrem a inovação com a responsabilidade.”
Participaram no evento o Burundi, os Camarões, a Etiópia, o Egipto, o Gana, Marrocos, a Namíbia, o Ruanda, o Senegal, a África do Sul, a Tanzânia e o Uganda.