EQUIPA DA ADF
O Burquina Faso abriu a sua primeira fábrica de produção de medicamentos genéricos de baixo-custo para garantir a disponibilidade ininterrupta de medicamentos comuns.
A fábrica, avaliada em 23 milhões de dólares, foi construída através de uma iniciativa privada de empresas farmacêuticas burquinabês. Dr. Palingwidé Armel Coéfé, director-geral da Propharm, a empresa por detrás do projecto, dirigiu o esforço, de acordo com uma reportagem da revista HealthCare Africa.
A fábrica irá começar a produzir o analgésico paracetamol, o antiespasmódico floroglucinol e sais de reidratação oral e zinco para tratar diarreia, disse Coéfé.
A fábrica foi construída num terreno de 1,5 hectares, em Komsilga, nos arredores da capital, Ouagadougou.
“A nossa capacidade de produção actualmente satisfaz as necessidades locais e irá resolver os problemas de cortes drásticos no fornecimento,” disse Coéfé à Agence France-Presse.
As instalações estavam a ser inspeccionadas pela Agência Nacional de Regulamentação de Medicamentos, em Agosto de 2022, e esperava-se que iriam iniciar a produção poucos meses depois.
As instalações chegam numa altura em que os países africanos importam até 97% dos produtos farmacêuticos que utilizam, noticiou a HealthCare Africa. Muitas das importações vêm de países como Índia e China e acaba-se descobrindo que são contrafeitos, fazendo com que, no mínimo, sejam ineficazes e, em última instância, prejudiciais.
Os medicamentos genéricos também podem chegar a ser 30 vezes mais dispendiosos em alguns países africanos, em comparação com o Reino Unido, de acordo com uma reportagem, de 2021, da Agência Francesa de Desenvolvimento e da Comissão Económica das Nações Unidas para África.