EQUIPA DA ADF
No interesse da segurança e investimentos, Quénia e Tanzânia alcançaram um acordo para fazer uma parceria na sua luta contra o terrorismo e o tráfico de seres humanos na sua fronteira partilhada.
“Concordamos em lutar contra o terrorismo, o tráfico de drogas e de seres humanos e o resto dos crimes transfronteiriços que estão a fazer da nossa região uma região não competitiva e a deixar-nos com uma má fama,” disse o Presidente do Quénia, William Ruto, de acordo com uma reportagem da Anadolu Agency. Ele falou durante uma conferência de imprensa, pouco depois de ter mantido conversações com a sua contraparte da Tanzânia, a Presidente Samia Suluhu Hassan.
Os dois países também têm planos para trabalhar em conjunto de outras formas. O jornal Star, do Quénia, comunicou que o Quénia pretende construir um gasoduto para gás natural que parte da principal cidade da Tanzânia, Dar es Salaam, para a cidade costeira do Quénia, Mombaça, e posteriormente para a sua capital, Nairobi. O plano é baixar as tarifas de energia, afirmou Ruto. O gasoduto de 600 quilómetros irá custar cerca de 1,1 bilhões de dólares. Os dois países concordaram em acelerar a construção do gasoduto.
Extremistas estiveram envolvidos em terrorismo, caça furtiva e tráfico ao longo da fronteira dos dois países. Os efeitos foram a perda da confiança dos investidores em sectores vitais dos dois países, incluindo o turismo e a exploração de gás nacional.
Ruto disse que os dois países irão partilhar recursos, incluindo informação e estratégias de defesa.
Nos últimos anos, as forças de segurança estiveram em alerta máximo nas fronteiras partilhadas para se protegerem de extremistas que regressam ao Quénia, vindos do conflito em Moçambique, e planificam ataques. Em Agosto de 2021, uma unidade especial da polícia do Quénia interceptou e prendeu dois suspeitos de terrorismo, em Mombaça, que tinham transportado armas atravessando a fronteira e estavam a planificar um ataque contra a cidade costeira, comunicou o jornal The Economist.
“Os agentes de segurança do Quénia encontram-se no seu posto na fronteira, para prevenir que os criminosos atravessassem, e estão a trabalhar com as suas contrapartes da vizinha Tanzânia em patrulhas conjuntas,” comunicou o jornal The Economist. “A Guarda Costeira do Quénia também está à procura de células terroristas que podem procurar regressar para o Quénia através do Oceano Índico.”