Quase três décadas depois de o Egipto lançar o seu primeiro satélite em órbita, a Agência Espacial Africana abriu as suas portas em Cairo com a missão de expandir a presença do continente para além da Terra.
“As actividades espaciais em todo o continente têm sido muito fragmentadas,” disse Meshack Kinyua, responsável pela formação em aplicações espaciais da União Africana. “A [agência] … coloca todos os membros da União Africana em pé de igualdade no que diz respeito ao acesso aos dados recolhidos, com base nas suas necessidades.”
Pelo menos 21 países africanos têm programas espaciais. A maioria deles começou nos últimos 25 anos, com a queda nos custos de desenvolvimento e lançamento de satélites. Desde que o Egipto lançou o NileSat-1 em 1998, 19 países africanos colocaram 67 satélites em órbita, de acordo com a SpaceHubs Africa. O Botswana tornou-se a mais recente nação espacial do continente quando lançou o BotSat-1 no dia 15 de Março de 2025.
A missão da Agência Espacial Africana tem quatro pilares: melhorar a observação da Terra; apoiar a comunicação, a navegação e o posicionamento por satélite; promover a astronomia; e promover as ciências espaciais.
“O programa espacial africano está em fase embrionária neste momento,” Kinyua disse num vídeo da UA. “Estamos a trabalhar directamente para garantir que os Estados-membros tenham capacidade em termos de infra-estruturas e de desenvolvimento de capital humano.”
Os países africanos esperam triplicar o número de satélites em órbita nos próximos anos. Os defensores do espaço consideram que o papel crescente de África para além da atmosfera é vital para o futuro. A tecnologia de satélites pode prever o tempo, estabelecer comunicações seguras e rastrear movimentos através das fronteiras do continente.
