Os espectros do terrorismo, da pirataria e do contrabando pairaram sobre mais de 1.000 participantes de 20 nações que treinaram para conduzir operações multinacionais de segurança marítima no Oceano Índico Ocidental durante a 15.ª edição do Exercício Cutlass Express.
O exercício da África Oriental, patrocinado pelo Comando dos EUA para África e facilitado pela 6.ª Frota dos EUA, foi realizado de 10 a 21 de Fevereiro de 2025, nas Maurícias, nas Seychelles e na Tanzânia.
O Major-General Ibrahim Mhona, chefe de Treino e Prontidão para o Combate, da Força de Defesa Popular da Tanzânia, disse que o evento enfatizou a necessidade de colaboração regional, continental e internacional.
“Quando falamos sobre terrorismo, tráfico de pessoas e crimes cibernéticos, essas são questões globais,” disse na cerimónia de encerramento. “Visto que partilhamos desafios semelhantes, é imperativo que os enfrentemos em conjunto. No entanto, uma colaboração eficaz só é possível se treinarmos juntos. A interoperabilidade é um aspecto fundamental da nossa preparação.”
Comores, Djibouti, Quénia, Madagáscar, Malawi, Marrocos, Moçambique, Senegal, Somália e Tunísia foram alguns dos outros países africanos participantes.
Dois centros nacionais de operações marítimas da Tanzânia participaram nos exercícios para colaborar em cenários relacionados ao treino de visita, abordagem, busca e apreensão (VBSS) em Tanga.
Nas Seychelles, um curso de uma semana sobre o Estado de Direito ajudou os participantes a partilhar e refinar tácticas para operações de interdição e para responsabilizar os infractores por crimes no mar.
O Exercício Cutlass Express 2025 foi associado ao Exercício Justified Accord, que também teve lugar na Tanzânia, para melhorar a coordenação entre as operações em terra e no mar.
“Este exercício foi importante para promover a cooperação para enfrentar os desafios globais de segurança,” disse Mhona. “Foi concebido para envolver várias nações porque os desafios que enfrentamos em África são os mesmos que encontramos noutras partes do mundo.”
O cabo das Forças de Defesa das Seychelles, Kenny Vidot, apreciou o seu papel como instrutor VBSS na Tanzânia. Segundo ele, 12 dos seus colegas seichelenses participaram no mesmo exercício nas Maurícias.
“Estamos a treinar para apoiar operações colaborativas de segurança marítima na região,” disse. “Este exercício é importante para aumentarmos as capacidades marítimas e promovermos a cooperação regional no Oceano Índico.”
