Aequipa médica de emergência do Senegal tornou-se a primeira em África a receber a certificação da Organização Mundial de Saúde pela sua capacidade de resposta a crises sanitárias.
O reconhecimento significa que a equipa pode ser enviada para emergências a nível mundial no prazo de 72 horas após ser activada e criar um hospital com 30 camas que pode prestar cuidados médicos e cirúrgicos para cerca de 2.500 doentes por mês. Trata-se de um marco que “reforça significativamente” a capacidade de resposta a emergências em África, informou a OMS.
A Equipa de Emergência Médica (EMT) Tipo 2 do Senegal, composta por profissionais de saúde militares e sob a direcção do Exército, passou por um rigoroso processo de seis anos para obter a certificação. Isso culminou numa simulação de três dias de um evento de acidente em massa com a participação de funcionários da OMS no Centro de Formação Táctica Capitão Mbaye Diagne em Thiès, em Outubro de 2024. Antes do evento, a equipa tinha sido treinada para montar o hospital em 72 horas, mas concluiu a tarefa em menos de 48 horas.
“Esta certificação demonstra o empenho inabalável do Senegal em melhorar a sua capacidade de gerir crises sanitárias e proteger as populações, tanto a nível nacional como internacional,” afirmou Birame Diop, Ministro das Forças Armadas do Senegal.
A equipa foi enviada para crises na República Democrática do Congo, na Guiné e na Serra Leoa. Representantes de cinco outros países participaram no exercício de certificação para observar e inspirar-se. Alguns disseram que esperam ver o sucesso do Senegal replicado em toda a região.
“Estamos aqui como observadores, como facilitadores, como avaliadores, mas também para nos inspirarmos no modelo senegalês,” disse o Capitão Sylla Salifou Marietou da EMT da Guiné. “Consideramos que é o modelo de topo que nos permite ajudar outros países em caso de necessidade e para o nosso plano interno.”
Com a certificação, a EMT do Senegal tornou-se a 49.ª equipa certificada a nível mundial, com 130 outras ainda a trabalhar para obter a certificação.
“Este marco contribui significativamente para a crescente experiência da região na resposta a emergências de saúde pública,” afirmou a Dra. Matshidiso Moeti, directora regional da OMS para África. “Os paramédicos são cruciais para reforçar a capacidade dos sistemas nacionais de saúde, proporcionando uma acção rápida para salvar vidas em tempos de crise.”