O Comandante das Forças de Defesa do Botswana, Tenente-General Placid Segokgo, estava ansioso por acolher a Conferência dos Chefes de Estado-Maior de África 2024 no seu país, em Junho de 2024, tornando-se assim a primeira nação africana a fazê-lo.
“A vossa presença aqui hoje demonstra o vosso empenho em garantir não só a paz e a segurança continentais, mas também a paz e a segurança mundiais, que são fundamentais para o desenvolvimento económico e social sustentável,” Segokgo disse no discurso de abertura da cerimónia dirigido aos 34 chefes de defesa. “Esta conferência oferece aos líderes militares a oportunidade de aprender com as experiências pessoais dos seus colegas comandantes em vários compromissos militares que visam os vastos desafios e oportunidades de África.”
O Comando dos Estados Unidos para a África (AFRICOM) co-organizou o evento na capital do Botswana, Gaborone, nos dias 25 e 26 de Junho. A conferência reuniu líderes militares de topo de África e de todo o mundo para trocarem conhecimentos, encorajarem parcerias e promoverem a colaboração com vista a uma segurança e estabilidade partilhadas.
A luta contra o terrorismo é uma prioridade militar de topo, com grande incidência no Sahel e nas suas organizações extremistas violentas em expansão, algumas das quais ligadas à al-Qaeda e ao grupo do Estado Islâmico.
Os líderes dos EUA presentes, incluindo o Presidente do Estado-Maior Conjunto, General Charles Q. Brown, e o Comandante do AFRICOM, General Michael Langley, concordaram com os seus homólogos africanos numa estratégia global de comunicação e colaboração para dissuadir ameaças e responder a crises.
Durante a cerimónia de abertura, o Presidente do Botswana, Mokgweetsi Masisi, sublinhou a necessidade de “enfrentar a crescente inquietação quanto ao desrespeito dos ideais democráticos dos governos constitucionalmente eleitos no continente africano por parte dos militares.”
“Este tipo de regressão na ordem política do continente representa uma séria ameaça à estabilidade das nações.”
Segokgo sublinhou igualmente a importância das relações civis-militares.
“É imperativo que, enquanto chefes da defesa, redobremos os nossos esforços para garantir que o sector da segurança não só seja eficaz, mas também responsável e funcione num quadro de supervisão civil democrática, do Estado de direito e do respeito pelos direitos humanos,” afirmou.
No final da conferência, as autoridades americanas transferiram um antigo avião militar americano C-130H Hercules para a Força de Defesa do Botswana em Gaborone. O avião irá reforçar a capacidade de transporte aéreo do Botswana.