Países Usam Tecnologia E Cooperação Para Combater Armas Ilícitas

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NA ÁFRICA ORIENTAL

Os chefes de segurança da África Oriental e Austral acreditam que são necessárias novas tecnologias e uma abordagem comum para combater o contrabando de armas. 

Delegados de 26 países africanos reuniram-se em Nairobi, em Março de 2024, numa reunião preparatória regional antes de uma conferência das Nações Unidas sobre a prevenção, o combate e a erradicação do comércio ilícito de armas ligeiras e de pequeno calibre (ALPC). 

Um dos participantes considerou a proliferação de armas uma “ameaça existencial” para a estabilidade do continente. 

“As armas ligeiras e de pequeno calibre continuam a causar estragos nas comunidades, a alimentar conflitos, a minar a paz e a estabilidade e a impedir o desenvolvimento socioeconómico do continente africano,” afirmou o Secretário Permanente do Ministério do Interior do Quénia, Raymond Omollo.

A União Africana está a debater a necessidade de uma política comum entre os Estados-membros. O organismo continental e os Estados-membros estão também a procurar adquirir novos instrumentos para rastrear as armas desde a fonte até ao utilizador final, bem como máquinas para a reciclagem de armas.

Christopher Kayoshe, chefe interino da Divisão de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração/Reforma do Sector da Segurança da UA, afirmou que isto ajudará a atingir o objectivo da UA de “silenciar as armas.”

“O nosso desejo é que o continente seja guiado por uma posição comum, de modo que estas reuniões deliberadas no âmbito da Comissão da UA sejam valiosas,” afirmou.

Das 40 milhões de armas ligeiras que circulam no continente africano, o Instituto das Nações Unidas para a Investigação sobre o Desarmamento calcula que 40% são ilícitas. A nível mundial, estão em circulação 1 bilhão de armas ligeiras que matam cerca de 250.000 pessoas por ano.

Estas armas são responsáveis por 45% de todas as mortes violentas a nível mundial, com os dados da ONU a indicarem que 260.000 pessoas foram mortas por armas ligeiras só em 2021.

A Quarta Conferência de Revisão da ONU centrou-se na implementação do Instrumento Internacional de Rastreio de 2005 da ONU, que apela a que cada armamento do tipo ALPC tenha dados de identificação únicos e a que as nações mantenham registos das armas dentro das suas fronteiras.

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