Primeira Mulher Comandante da Marinha do Gana Inspira Outras

0

EQUIPA DA ADF

Um dos muitos pontos de orgulho das Forças Armadas do Gana (GAF) é a sua adesão à igualdade de género e às políticas de integração das mulheres nas forças armadas.

A Tenente-Coronel Priscilla Ami Dogbeda Dzokoto, a primeira mulher comandante de um navio da Marinha do Gana, personifica o sucesso das GAF.

“Já tivemos mulheres como generais. Actualmente, temos mulheres nomeadas como comandantes de várias unidades das forças armadas,” afirmou num vídeo das Nações Unidas publicado a 31 de Março. “Há mais espaço para que mais mulheres sejam nomeadas para posições mais elevadas nas forças armadas.”

A Marinha nomeou Dzokoto comandante do GNS Blika no dia 11 de Abril de 2022, depois de anteriormente ter comandado um dos navios da classe fluvial da Marinha, o GNS Ankobra.

“Como comandante, o meu papel é a navegação segura e a operação técnica do navio,” disse. “Se vamos para o mar, eu sou responsável por tudo o que diz respeito ao navio.”

Colocado em serviço na Marinha do Gana em Fevereiro de 2012, o GNS Blika é um dos quatro navios da classe Snake utilizados principalmente em operações de combate ao tráfico de droga, ao contrabando, à pirataria e à pesca.

Uma equipa de abordagem parte do navio GNS Blika da Marinha do Gana durante um cenário de pesca ilegal no âmbito do Exercício Obangame em 2016. ESPECIALISTA DE 2.ª CLASSE LUIS R. CHAVEZ JR./MARINHA DOS EUA

Num comunicado, o Capitão da Marinha Michael Addo Larbi, director de relações públicas, reconheceu a natureza histórica da nomeação de Dzokoto como “um feito que ela alcançou por força de trabalho árduo, perseverança e graça de Deus.”

Ao subir na hierarquia, Dzokoto desempenhou várias funções, incluindo oficial de navegação, oficial assistente de navegação, oficial de comunicações, oficial executivo interino, oficial de correspondência e oficial de vigilância.

Adquiriu também uma valiosa experiência de manutenção da paz como observadora militar na Força de Segurança Interina das Nações Unidas em Abyei, conhecida como UNISFA, em 2020. Abyei era uma zona disputada entre o Sudão do Sul e o Sudão.

Com pioneiros como Dzokoto, o Gana tornou-se um líder na integração da perspectiva de género. As GAF lançaram uma política de género abrangente a 15 de Março e têm trabalhado para aumentar o alistamento feminino.

A Capitã da Marinha do Gana, Veronica Adzo, conselheira para a política de género do Chefe do Estado-Maior da Defesa, Major-General Thomas Oppong-Peprah, tem visto aumentar as oportunidades para as mulheres nas GAF.

“Deu a muitas mais mulheres a coragem, o espírito de poder fazer,” disse ela no vídeo da ONU. “Acreditamos que as jovens têm todas as oportunidades no exército … não só na administração, mas em todos os ramos das Forças Armadas do Gana.”

Comandante do Gana, Faustina Anokye, ex-comandante adjunta da força da missão de paz da ONU no Sahara Ocidental, conhecida como MINURSO, assumiu as rédeas da sua antecessora, a também ganesa Major-General Constance Emefa Edjeani-Afenu, que faleceu vítima de doença no Gana, algumas semanas depois de concluir a sua missão na MINUSRSO em Janeiro de 2022.

“O mundo será um lugar melhor com igualdade de género,” Anokye disse à ONU. “Por isso, devemos continuar a desafiar os estereótipos de género, a denunciar a discriminação, a chamar a atenção para os preconceitos e a procurar a inclusão.”

Adzo elogiou Dzokoto como pioneira por assumir o comando de um ramo das GAF que, historicamente, tem sido servido por marinheiros e oficiais do sexo masculino desde a sua fundação em 1959.

“É difícil trabalhar num ambiente dominado por homens como o das Forças Armadas do Gana,” disse ela. “É por isso que o alto comando militar decidiu elevar a questão da integração da perspectiva do género a um nível superior — para garantir que a agenda é cumprida com êxito.”

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.