EQUIPA DA ADF
Os líderes marítimos africanos juntaram-se aos seus homólogos internacionais na Ilha do Sal, em Cabo Verde, na primeira Cimeira das Forças Marítimas Africanas.
A cimeira de três dias, realizada em Março de 2023, foi co-organizada pelo Comandante das Forças Navais dos EUA para a Europa-África, o Almirante Stuart B. Munsch. Reuniu chefes de marinhas, guardas costeiras e infantarias navais de 38 nações para debater abordagens estratégicas e operacionais à segurança marítima.
“As dinâmicas de segurança que afectam as nações africanas estão a moldar o nosso presente e moldarão o nosso futuro. A parceria pode servir de base para a estabilidade em África e para a prosperidade crescente de todas as nações africanas,” afirmou Munsch. “Esta semana tivemos a oportunidade de reforçar as nossas parcerias existentes e também de construir novas parcerias, prontas para enfrentar juntas os desafios comuns.”
As sessões do painel incluíram debates sobre abordagens estratégicas e operacionais à segurança marítima, resposta a ameaças marítimas através da infantaria naval, desafios comuns dos respectivos serviços marítimos e iniciativas de interoperabilidade regional.
A cimeira também incluiu uma visita ao contratorpedeiro de mísseis guiados da classe Arleigh Burke, USS Bulkeley, para observar demonstrações de combate a incêndios a bordo, exercícios de embarque conjuntos da Guarda Costeira dos EUA e de Cabo Verde e simulações de robótica de eliminação de bombas conduzidas por fuzileiros navais dos EUA.
O Chefe do Estado-Maior da Defesa de Cabo Verde, o Contra-Almirante António Duarte Monteiro, sublinhou a importância da cooperação entre os parceiros regionais e internacionais no seu discurso de encerramento.
“As ameaças à segurança marítima não respeitam fronteiras políticas e há muito pouco que um Estado individual possa fazer sozinho,” afirmou Monteiro. “A necessidade de cooperar com outros é fundamental para o próprio conceito de segurança marítima acrescida e para o desenvolvimento sustentável da economia azul. A cooperação com outros Estados em matéria de segurança, aplicação da lei e protecção do ambiente não deve ser vista como uma derrogação da soberania, mas sim como uma multiplicação da eficácia da nossa soberania.”
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