AGÊNCIA FRANCE-PRESSE
A Costa do Marfim, que perdeu quase todas as suas florestas no último meio século, lançou um grande projecto para triplicar a sua cobertura até 2030, anunciou o governo em Novembro de 2022.
O Projecto de Investimento Florestal visa cobrir 6,5 milhões de hectares — cerca de 20% do país — disse o Banco Mundial, que financia o projecto de 149 milhões de dólares.
O projecto também ajudará a preservar 300.000 hectares de terras florestais degradadas no sudoeste e florestas na zona norte de savanas, disse o Ministro da Água e das Florestas, Laurent Tchagba.
O projecto de sete anos beneficiará os quatro parques nacionais do país, incluindo o Parque Nacional da Floresta de Tai, no oeste, classificado pela UNESCO como Património Mundial. Trata-se de um dos últimos remanescentes da floresta tropical primária da África Ocidental.
A Costa do Marfim tinha 16 milhões de hectares de floresta na década de 1960.
Este número desceu para 2 milhões de hectares, segundo os dados oficiais, principalmente devido ao desenvolvimento das plantações de cacau, de que a Costa do Marfim é o principal produtor mundial, com 40% do mercado.
As mudanças climáticas, os desastres naturais, a degradação dos solos, e a deslocação das populações contribuem igualmente para a perda de florestas.
Delegações de outros países produtores de cacau, como Brasil, Colômbia, República Dominicana e Gana, participaram no lançamento do projecto.
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