VOZ DA AMÉRICA
Cinco países da África Austral, que possuem mais de metade dos elefantes do continente, realizaram o primeiro censo aéreo para determinar a população de elefantes e como protegê-la.
Aeronaves ligeiras sobrevoaram de forma simultânea as planícies de Angola, Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe, numa área de conservação conhecida como a Área de Conservação Transfronteiriça de Kavango-Zambeze (KAZA).
A KAZA alberga aproximadamente 220.000 elefantes. Os cinco países pretendem saber o número exacto e os padrões de distribuição. Embora as populações de elefantes estejam a aumentar na região da KAZA, em outros lugares do continente, os números estão a decrescer devido a uma perda de habitat e a caça furtiva.
Mais de 130.000 elefantes encontram-se no Botswana, o maior número em comparação com qualquer outro país do mundo. Kabelo Senyatso, director de Parques Nacionais e Vida Selvagem do Botswana, disse que o censo será fundamental para a gestão dos elefantes.
Os dados irão ajudar os cinco países parceiros a fazerem a planificação do uso da terra, do conflito homem-elefante, caça e turismo, disse Senyatso.
“É importante que, como gestores do recurso, tenhamos uma compreensão clara de onde eles estão e como eles estão distribuídos pelo território,” disse Senyatso. “Trata-se de um projecto animador, o primeiro da sua natureza. Esperamos que os dados sobre os padrões sejam analisados a partir do início de 2023, de modo que até ao primeiro trimestre de 2023 já tenhamos dados preliminares que possamos partilhar com o público e para a nossa tomada de decisões.”
“Os resultados desta pesquisa serão um ponto fundamental para a protecção e gestão a longo prazo da maior população transfronteiriça de elefantes de África,” desse Nyambe Nyambe, director-executivo da KAZA.
Comentários estão fechados.