Dois Países Africanos Juntam-Se Numa Formação Naval No Brasil

DEFENCEWEB

Os Camarões e a Namíbia representaram a África no Exercício Naval Multinacional UNITAS de 2022, no Brasil.

Eles juntaram-se às forças navais e marítimas de Belize, Brasil, Chile, Colômbia, República Dominicana, Equador, França, Guiana, Jamaica, México, Panamá, Paraguai, Peru, Coreia do Sul, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos da América e Uruguai na 63ª edição do UNITAS.

O NS Elephant, da Marinha da Namíbia, partiu de Walvis Bay, em finais de Agosto de 2022 para participar no exercício. A embarcação, com a sua tripulação composta por 120 membros, viajou 6.000 quilómetros para chegar ao seu destino. Os Camarões, por sua vez, contribuíram com os barcos de patrulha CNS Le Ntem e CNS La Sanaga.

A Namíbia e o Brasil gozam de laços de defesa próximos, com mais de 600 homens do pessoal naval da Namíbia tendo sido formados no Brasil ao longo dos anos. Janes comunicou que UNITAS 2022 marcou a terceira vez em que as Marinhas do Brasil e da Namíbia treinaram em conjunto em 2022.

O exercício contou com 20 navios de guerra e embarcações, um submarino e 21 aeronaves. Foi realizado, essencialmente, ao largo da costa do Rio de Janeiro, com cerca de 5.500 militares.

UNITAS, que em latim significa “unidade,” decorre anualmente desde 1960. O exercício treina forças para realizarem operações marítimas conjuntas através da execução de operações de combate anti-terrestre, anti-submarino, antiaéreo, anfíbio e guerra electrónica que melhoram a proficiência de guerra e aumentam a interoperabilidade.

Embora o objectivo principal seja desenvolver e testar o comando e o controlo das forças no mar, também houve cenários que abordam a guerra electrónica, guerra antiaérea e defesa aérea, guerra anti-terrestre, exercícios com munições reais, interdição marítima, operações do litoral e operações com anfíbios.

A fase do mar inclui um cenário de múltiplas ameaças, de vários dias, que permitiu que os participantes trabalhassem juntos, melhorando ainda mais a prontidão para as crises do mundo real, que exigiriam uma resposta de uma força multinacional. Os eventos incluíram manobras tácticas de superfície, treino para lidar com tráfico de drogas ilegais, exercícios com munições reais, exercícios de guerra contra submarinos, exercícios de defesa aérea e operações de interdição marítima.

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