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Uma soldado de manutenção da paz zimbabwiana recebeu um dos principais prémios das Nações Unidas em reconhecimento do seu trabalho de promoção da igualdade de género e protecção da mulher no Sudão do Sul.
Numa cerimónia havida em Maio de 2022, a Major Winnet Zharare, do Zimbabwe, foi nomeada activista militar do género do ano. Ao longo da sua afectação, que durou 17 meses, na Missão da ONU no Sudão do Sul (UNMISS), Zharare fez advocacia para a paridade do género e a participação das mulheres dentro da sua própria categoria, entre as contrapartes militares locais e nas comunidades anfitriãs. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, chamou-a de “um modelo e uma precursora.”
“O seu exemplo demonstra como todos iremos ganhar com mais mulheres na mesa de tomada de decisões e com a paridade do género nas operações de paz,” disse Guterres.
Como oficial chefe de informação militar, na UNMISS em Bentiu, a oficial de campo Zharare ajudou a garantir que as patrulhas incluíssem tanto mulheres quanto homens para melhorar a protecção e criar confiança entre as comunidades anfitriãs e na missão. A sua diligência e as suas habilidades diplomáticas rapidamente ganharam a confiança de comandantes militares locais que procuravam por ela para resolver questões relacionadas com a protecção dos direitos das mulheres.
Durante as suas patrulhas e várias iniciativas de envolvimento comunitário, Zharare encorajou homens e mulheres a trabalharem juntos na agricultura e na construção de valetas ao redor da cidade de Bentiu, para aliviar a insuficiência alimentar e prevenir outros reassentamentos.
Zharare afirmou que ser escolhida motivou-a a manter o seu percurso em direcção à igualdade de género.
Tendo crescido em Mhondoro, Zimbabwe, ela disse que os seus pais educaram os seus sete filhos sem estereótipos de género. “Os meus pais deram-nos oportunidades iguais com os meus irmãos, por isso, acredito que a igualdade de oportunidades deve ser dada quer para homens como para mulheres em todos os aspectos da vida,” disse Zharare.
De 2015 a 2019, ela trabalhou como oficial de protocolo antes de ser nomeada para servir na UNMISS como observadora militar, em Bentiu, em papéis que incluíam oficial chefe de informação, oficial de treinos e ponto focal do género. Antes de juntar-se aos soldados de manutenção da paz da ONU, a sua carreira militar começou em 2006, em Zimbabwe, como segundo-tenente e mais tarde como comandante de pelotão de infantaria, em Mutare.
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