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No Quénia, um projecto está a utilizar tecnologia de biogás para resolver dois principais problemas de poluição com um único dispositivo: uma máquina que converte resíduos, como jacinto invasivo de água em combustível limpo para cozinhar..
Biogas International, uma empresa queniana de tecnologia de energia, está a fazer parceria no projecto com o produtor de medicamentos AstraZeneca e com o Instituto para a Liderança de Sustentabilidade, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
Até agora, o projecto forneceu 50 “digestores” para casas na cidade de Kisumu, a região oeste do Quénia, possibilitando que as famílias deixem de usar lenha ou carvão, dois métodos de cozinha perigosos e morosos.
Algumas das famílias receberam um fogão a gás como parte do projecto para substituir o seu jiko, um fogão portátil que utiliza carvão. Muitos dos digestores também foram oferecidos gratuitamente, sendo o resto subsidiado pela empresa.
As máquinas funcionam com resíduos como a parte superior do jacinto de água, que cobriu grandes partes do Lago Vitória, um lago de água doce entre Quénia, Tanzânia e Uganda. A planta prejudica a vida aquática, incluindo os peixes e ajuda as bactérias e os mosquitos a desenvolverem-se, representando riscos de saúde para as comunidades locais.
Os digestores concebidos pela Biogas International utilizam 2 a 3 quilogramas de jacinto de água retirados do lago para produzir energia para um fogão que pode preparar uma refeição de farinha de milho com feijão, em cerca de quatro horas.
“O jacinto de água é uma bênção disfarçada,” disse o PCA da Biogas International, Dominic Kahumbu.
Mas a um custo de 650 dólares, os digestores não estão acessíveis para a maior parte das famílias na cidade, reconheceu. Embora a tecnologia seja escalável, disse, os elevados custos de produção de cada digestor fazem com que obter lucro seja pouco provável por pelo menos outros cinco anos. Ele disse que a empresa precisa de novo capital de instrumento para produzir mais digestores.
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