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Trajada de hijab, Karima M. Imam caminha na sua machamba, no norte do matagal da Nigéria, enquanto trabalhadores colhem gengibre, uma raiz nodosa, de cor castanho, vista como ouro desde o surgimento da COVID-19.
“Se eu tivesse capital, plantaria mais. As pessoas procuram por gengibre agora e não existem quantidades suficientes,” disse ela na sua machamba de 5 hectares nos arredores de Kaduna.
Enquanto a pandemia continua, as pessoas de todo o mundo procuram proteger-se da doença, recorrendo aos famosos alimentos saudáveis. Diversos cientistas descartaram muitas das afirmações das redes sociais sobre como os superalimentos nos podem proteger do vírus, mas o seu papel positivo como parte de uma dieta saudável continua amplamente conhecido.
Numa altura em que a demanda por alimentos halo aumenta significativamente, os preços do gengibre na Nigéria e do açaí no Brasil subiram, enquanto as exportações do açafrão indiano e do alho chinês subiram no ano passado.
Na Nigéria, um saco de 50 quilogramas de gengibre, que pode ajudar o corpo a combater os germes e é utilizado como um remédio para gripes, agora é vendido a 15.000 nairas (39 dólares), tendo subido de 4.000 para 6.000 nairas há dois anos.
Graças à grande demanda pelo gengibre, Imam foi capaz de começar a construção de uma nova casa próximo da Millennium City, com um pequeno armazém anexo para que ela possa armazenar e vender gengibre fresco, que vende mais do que a sua versão seca.
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