EQUIPA DA ADF
As Forças de Defesas do Quénia (KDF) estão a assumir a liderança de projectos de desenvolvimento destinados a colocar a economia do país em andamento depois da COVID-19. Os projectos incluem operar uma instalação de produção de carne e reabilitar uma linha férrea e um porto.
Embora estas não sejam tarefas militares tradicionais, os líderes civis e militares afirmam que o país precisa da mão-de-obra e experiência das KDF.
“A segurança e o desenvolvimento estão intrinsecamente relacionados. São dois lados da mesma moeda,” Chefe das Forças de Defesa do Quénia, General Robert Kibochi, disse à Kenyan Broadcasting Corp.
Em Setembro de 2020, o Presidente Uhuru Kenyatta deu às KDF a autorização para começarem a fazer a gestão da Comissão de Carne do Quénia. A empresa nacional de abate e processamento de carne esteve inoperacional devido a avarias no equipamento, corrupção e outros problemas, mas sob a liderança das KDF, reabriu em Maio de 2021.
“O sector é fonte de meios de subsistência de milhares de quenianos, e as forças do mercado não corresponderam às nossas expectativas, especialmente nos tempos de seca, sendo assim necessário o envolvimento do governo,” disse Kenyatta.
Kibochi disse que as KDF trouxeram especialistas como engenheiros, veterinários e outros para ajudar a gerir as instalações. A nova administração tudo fez para que os agricultores fossem pagos atempadamente pelo seu gado, em contraste com o passado, quando, por vezes, tinham de esperar anos para poderem receber o seu pagamento.
As KDF também estão a trabalhar com os Caminhos de Ferro do Quénia, o Serviço Nacional da Juventude e os administradores locais para reabilitar a faixa da linha férrea entre Longonot e Butere. O trabalho inclui construção de pontes e galerias de escoamento, restaurar estruturas de drenagem, substituir vagões, construir cercas e alinhar os trilhos. As KDF também estão a trabalhar na construção e na dragagem do Porto de Kisumu, que se localiza ao longo da linha férrea.
Kibochi disse que o objectivo não é de militarizar as tarefas civis, mas, pelo contrário, fazer o uso do conhecimento e da eficiência dos militares e poupar o dinheiro dos contribuintes.
“Temos grande experiência em quase todas as áreas — engenharia, medicina — só para mencionar algumas,” disse Kibochi. “Por que não usar esse conhecimento para ajudar o nosso país?”